O candidato da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, é a aposta progressista nas eleições presidenciais da França. Ele subiu cinco pontos na última pesquisa da Ifop, onde está em terceiro lugar, com 14% das intenções de voto.
Mélenchon está à frente do líder da extrema direita francesa, Éric Zemmour (12,5%) e se aproxima da também ultradireitista Marine Le Pen (18,5%), que aparece em segundo lugar. O atual mandatário da França, Emmanuel Macron, segue sozinho na liderança, com 28%.
A primeira explicação para o crescimento de Mélenchon foi a redução de oito para seis candidatos progressistas quando as candidaturas foram formalizadas, agora em março. Parte do eleitorado que pretendia votar em outros candidatos passaram a apoiar Mélechon, ex-ministro socialista e um dos fundadores do partido France Insoumise.
O político já se candidatou outras vezes e também despontou na reta final. Porém, os resultados não o levaram ao cargo.
Em 2012, Mélenchon também chegou aos 14% das intenções de voto, mas acabou em quarto lugar nas urnas e ficou de fora do segundo turno, disputado por Nicolas Sarkozy e François Hollande, que terminou vencedor.
Algo parecido aconteceu em 2017, quando chegou a registrar 18% das intenções de voto.
No lado da extrema-direita também há divisão. Zemmour, que aparece atrás de Mélenchon na pesquisa, caiu após a guerra da Ucrânia. Ele havia elogiado o presidente russo, Vladimir Putin. Porém, foi capaz de causar celeuma na candidatura de Le Pen, que segue em segundo lugar na sondagem.
Tentativa de união da esquerda frustrada
Em uma das tentativas de aproximação, em fevereiro, representantes dos partidos Europa Ecologia Os Verdes e Partido Radical de Esquerda (PRG) tentavam formar uma aliança para impulsionar a esquerda nas eleições presidenciais.
De acordo com a imprensa francesa, os candidatos progressistas enfrentam dificuldades para emplacar as suas campanhas. O jornal Le Parisien havia destacado à época o encontro de Christiane Taubira, do PRG, e Yannick Jadot, do Os Verdes, em que falavam em um possível apoio do PRG à candidatura de Jadot.
A candidatura de Taubira não foi para frente e de Jadot aparece com chances mínimas de decolar. As fichas da esquerda estão com Mélenchon.
Com informações do Opera Mundi e RFI