Estudantes de uma escola do subúrbio de Paris estão aprendendo a identificar notícias verdadeiras das falsas. O objetivo é ensinar a esses alunos a como não serem vítimas nem propagadoras de conteúdos enganosos.
Professores e bibliotecários assumiram a tarefa de orientar as crianças do 6º ano do equivalente ao ensino fundamental na busca por informação confiável.
Eles instruem os estudantes a navegar na internet e a usar as plataformas, bem como observam que as crianças utilizam esses meios.
O objetivo também é entender seus hábitos e ferramentas para conseguir guia-los da melhor maneira na busca pela informação.
“Aprendi várias coisas para descobrir uma fake news porque, antes, via uma coisa e dizia ‘está bem’. Agora, não. Eu questiono mais quando vejo uma informação”, conta Ayob, um dos estudantes à TeleSur.
A professora e bibliotecária Alexandrini Lopez-Follin observa que as crianças tomam as informações como verdadeiras tal qual as recebem, “sem pensar no impacto que elas podem ter.”
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“Serão sensacionalistas e emocionais todo o tempo e vão compartilhar isso em busca de cliques”, afirma Follin ao se referir aos extremos que os algoritmos das plataformas levam seus usuários na busca por audiência.
O que resulta, também, em poderem converter-se tanto em receptores como em propagadores de fake news sem sequer se darem conta.
“Porém, são muito receptivos para aprender e, ao final, quando entendem o mecanismo, dizem ‘já caí nisso, mas não voltará a acontecer”, enfatiza a professora.