
A aguardada vacinação contra a Covid-19 começa a ficar mais perto de acontecer na Europa. Nesta quarta-feira (2), o Reino Unido concedeu o primeiro registro do mundo para o uso de uma vacina contra a doença seguindo os protocolos usuais, após a conclusão da terceira fase do imunizante da farmacêutica americana Pfizer.
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A agência regulatória britânica instituiu um processo contínuo de submissão dos dados das vacinas em desenvolvimento, o que certamente agilizou a aprovação do produto. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui um processo semelhante de submissão contínua e já analisa as informações da Pfizer e da Janssen.
Os testes da vacina da Pfizer foram concluídos em 18 de novembro e, segundo a empresa, indicaram que o imunizante é seguro e tem 95% de eficácia. Os dados divulgados também foram revisados pela agência regulatória britânica, mas os resultados dos testes ainda não foram publicados em revista científica.
O secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse à imprensa local que até a próxima semana 800 mil doses devem estar disponíveis para início da vacinação.
A vacinação em outros países
Em meados de novembro, a União Europeia fechou um acordo com a Pfizer e a BioNTech que garantiu 200 milhões de doses da vacina para os países do bloco. Mirando a sua chegada, a Alemanha já prepara centros de vacinação pelo país, segundo a agência de notícias RFI.
Em Berlim, a imunização deve chegar a 450 mil pessoas (cerca de 12% da população da cidade) já em meados de dezembro. O governo local pretende fazer 20 mil aplicações por dia em idosos e pessoas que façam parte de grupos de risco.
Também nesta quarta, a Itália anunciou que começará sua campanha de vacinação no início de 2021. Segundo o ministro Roberto Speranza, é provável que a imunização comece ainda em janeiro, em uma operação que deve envolver até o Exército.
O Japão, que deve sediar os Jogos Olímpicos em julho de 2021, aprovou uma lei nesta quarta que garante o fornecimento gratuito da vacina contra a Covid-19 para os mais de 120 milhões de habitantes do país. Até o momento, o governo japonês tem acordos fechados com a Pfizer, a Moderna e a AstraZeneca para a compra das imunizações, mas não divulgou um calendário.
Com informações da Folha de S. Paulo