
Um encontro histórico em Diadema, na Grande São Paulo, reuniu neste sábado (09) pela primeira vez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) em um só palco.
Os pré-candidatos do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil a presidente, vice-presidente, governador de São Paulo e senador fizeram discursos sobre unir forças para restaurar a democracia e melhorar a vida do povo brasileiro.
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França já havia anunciado a desistência da pré-candidatura ao governo estadual para anunciar apoio a Haddad e seguir na disputa por uma vaga ao Senado.
“Hoje você não consegue entrar em uma farmácia, um supermercado, que não tenha alguém na porta pedindo um saco de arroz, um remédio. Quem consegue viver desse jeito? Isso não é correto, cada um tem que fazer a sua parte. Aqui nas farmácias de São Paulo aumentaram 30% as vendas de antidepressivos, os problemas emocionais das pessoas dispararam, porque ninguém se sente feliz desse jeito”, disse França.
Durante o evento, Lula ressaltou a união dos sete partidos que compõem o movimento (PT, PCdoB, PV, PSB, Psol, Rede e Solidariedade). E disse que a principal meta é tirar os brasileiros da situação de crise econômica e social.
“Perceber, hoje, que 33 milhões de brasileiros vão dormir sem comer, 105 milhões tem problema de insuficiência alimentar? Como que explica? Como que pode?”, questionou o petista.
Lula voltou a criticar a medida eleitoreira do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto aos auxílios aprovados recentemente. Lembrou que, além do valor do Auxílio Emergencial ser o mesmo que os partidos da oposição já queria aprovar ainda em 2020, tem prazo para acabar.
“Quando começou a pandemia, os partidos de oposição entraram com um projeto de lei para que fossem dados R$ 600 para as pessoas. O governo queria R$ 200. O Congresso aprovou R$ 600. Ele tirou e baixou para R$ 400. Agora ele quer R$ 600 até dezembro. Ele quer dar mil reais para motorista de caminhão, taxista. Por que que ele pensa que o povo vai ser tratado como se fosse ignorante, que ele acha que vai comprar dando programa para seis meses?”, questionou.
Mulher na política
Geraldo Alckmin exaltou a participação feminina na política e afirmou que ela será essencial para tirar o país da crise. “É muito simbólico, estamos na Praça da Moça, política é um substantivo feminino e política não se faz sem as mulheres, são as mulheres que vão decidir esta eleição”, ressaltou.
Fernando Haddad afirmou que a união do campo progressista é essencial para acabar com as mazelas ampliadas pelo atual governo e trazer o país de volta ao caminho do desenvolvimento e da garantia de direitos.
“A Constituição de 88 hoje está sendo rasgada todo dia, todo dia alguém pede um direito, uma oportunidade. Estamos falando de redemocratizar e reconstruir o país, que está arrasado, no meio ambiente, na cultura, na educação, na ciência e tecnologia”, declarou.