O deputado federal Tadeu Alencar (PSB-CE) apresentou ao Ministério da Saúde sugestão para incluir pacientes transplantados de medula óssea e mulheres que passaram por cirurgia de mastectomia (retirada do seio) no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.
Na proposta, feita nesta quinta-feira (29), o parlamentar reforça que não pode haver distinção, pois os transplantados de órgãos sólidos e paciente em tratamento de câncer já estão na lista para imunização na fase 3.
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“Não há não há nenhuma razão de saúde pública que justifique essa diferenciação. São as mesmas prioridades”, explicou em vídeo publicado em sua conta no Twitter.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, a infectologista Clarisse Machado explica que a ideia de que o paciente do transplante de medula óssea é menos imunossuprimido por não tomar o medicamento a vida toda é errada. “A mortalidade para Covid-19 de pacientes que fizeram transplante de medula óssea é igual ou até maior do que para outros transplantes. Não tem porque um grupo ser beneficiado por isso e o outro não. Eles precisam ser vacinados o quanto antes”, explica. O PNI está dividido em três fases.
Assim, os públicos prioritários do Plano são:
1º Trabalhadores da saúde, idosos a partir dos 75 anos e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas);
2º Pessoas de 60 a 74 anos;
3º Pessoas com as seguintes comorbidades: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave.