A Executiva Nacional do PSB aprovou, nesta quinta-feira (9), por ampla maioria, a proposta de formação de uma federação partidária com o PDT e o Solidariedade. A decisão autoriza o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a estabelecer o diálogo com os partidos.
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A possibilidade de criação da federação consta do documento discutido na reunião em Brasília.
A reunião contou com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do ministro Márcio França (Portos e Aeroportos), dos governadores João Azevedo (PB) e Renato Casagrande (ES), dos líderes no Senado, Jorge Kajuru, e na Câmara, Felipe Carreras.
De acordo com o presidente Carlos Siqueira, o objetivo é criar uma federação partidária que represente uma nova força de centro-esquerda.
“A realidade do sistema político exige uma racionalização do número de partidos no país, que apresentem programas mais claros à sociedade e, com isso, acredito que podemos ampliar a base de apoio ao campo progressista nas eleições de 2024 e 2026”, avalia Siqueira.
No documento partidário, os socialistas ponderam que uma federação com partidos como o PDT e SD, que possuem tamanho mais equivalente ao PSB, permitiria um equilíbrio necessário à tomada de decisões e ao respeito à autonomia de cada legenda.
A bancada da federação, se não tiver baixas, será a oitava maior da Câmara, em patamar semelhante ao de siglas como MDB, PSD e Republicanos, com 42 deputados cada. O bloco com PSB, PDT e Solidariedade ficaria ainda no meio do caminho entre outras duas bancadas de esquerda e centro-esquerda, a federação de PT, PCdoB e PV, que tem 81 parlamentares, e a de PSOL e Rede, com 14.
Em 2020, PSB e PDT estiveram juntos nas eleições municipais, nas principais capitais do país e em dezenas de grandes cidades nas eleições. Somados, elegeram mais de 560 prefeitos e prefeitas.