
A extremista Sara Giromini recorreu às redes sociais para reclamar da falta de apoio do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Cumprindo prisão domiciliar, a ex-funcionária do ministério dos Direitos Humanos gravou uma série de vídeos nos quais aparece chorando e também escreveu um texto criticando Damares Alves e Jair Bolsonaro, a quem ela diz não mais reconhecer após “abandono”. A publicação está entre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (5).
“Cansada de ficar calada enquanto vejo o governo que dei minha vida enfiar uma **** no meu **, escreveu, usando vocabulário de baixo calão. “Não sei mais quem ele (Bolsonaro) é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, disse. “Muita gente me pergunta o que foi feito, quem nos apoiou. Da parte do Ministério [da Mulher, Família e] dos Direitos Humanos, nada foi feito. E nem da mãe amiga Damares. Nenhuma visita, nada”, desabafou em vídeos gravados no Instagram.
Em outra rede social, Sara disse sentir inveja do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, a quem o presidente visitou no último sábado (3), junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e Kassio Marques, seu indicado para o STF. “Bolsonaro? Que inveja eu tenho do Toffoli. Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro.”
Nas postagens, ela também cita Damares Alves, de quem foi funcionária. “Damares? Eu sou a filha que Damares abortou. O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de Junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam.”
Nas redes, ela também relacionou os problemas emocionais por que vem passando com suas desilusões políticas.
“Quando você luta por algo que você acredita, você está disposta a dar a vida. Mas quando você vê aquilo que você acredita indo na contramão do que você luta, você entra em parafuso. (…) Tem horas que eu só queria gritar para alguém me ajudar, mas não existe esse alguém. Eu vou ter que levantar e resolver os meus problemas. E não tem Bolsonaro para ajudar, não tem Damares para ajudar”, afirmou.
Sara aponta exonerações
Segundo Sara, a orientação dentro do ministério é exonerar todas as pessoas que tiveram contato com ela.
“A praga do Bolsonaro não é a esquerda, é a loirinha que causou tentando defendê-lo. (…) Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, afirmou a extremista.
Sara Giromini também relatou ser vítima de ameaças de estupro. A ativista bolsonarista afirmou que sofre por não ver o filho e não poder fazer exercícios físicos.
“Tudo foi tirado de mim, acho que isso era o que o Alexandre de Moraes queria. Bom… Me matar eu não vou, porque eu tenho um filho e sou católica.”
Líder dos “300 do Brasil”, a extremista está presa desde junho, fazendo uso de tornozeleira eletrônica. Ela também foi alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news, em 27 de maio. Foi essa ação policial que fez com que ela disparasse ofensas contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. cujos ataques ela passou a ser investigadas.
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