Para ajudar a combater a desigualdade racial no mundo dos negócios e das finanças, o fundador do Twitter, Jack Dorsey, fez uma doação de 100 milhões de dólares, por meio da Square, empresa de pagamentos digitais e crédito cofundada e presidida por ele.
Segundo a Exame, os recursos (pouco mais de R$ 550 milhões) serão divididos em quatro áreas, indo para fundos de apoio ao desenvolvimento de negócios e instituições financeiras lideradas por negros ou que financiem instituições voltadas para a oferta de crédito e geração de oportunidades a minorias de comunidades periféricas.
De acordo Dorsey, a doação representa 3% do que a companhia tem em caixa hoje.
Polêmicas no Twitter
A doação ocorre poucos dias depois de o Twitter ser acusado de ter algoritmos racistas, e em meio à retomada das manifestações antirracistas nos Estados Unidos, após absolvição de policiais envolvidos no assassinato de Breonna Taylor, morta com seis em março.
O gesto de Dorsey dominou as conversas sobre ele no próprio Twitter na quinta-feira (24). Isso porque durante a onda de protestos do movimento Vidas Negras Importam, pela morte de George Floyd – asfixiado por um policial-, o CEO do Twitter também doou 11 milhões de dólares (cerca de R$ 61 milhões) para uma dezena de iniciativas na área de justiça racial e de combate aos excessos da polícia.
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Naquela ocasião, uma ativista ligada à The Bail Project, uma das organizações que milita para pagar fiança para negros presos injustamente, foi filmada municiando manifestantes com escudos e outros equipamentos em um protesto realizado em Louisville, no Kentucky, que acabou em violência: dois policiais morreram.
Por conta disso, o perfil do CEO na rede (@jack) passou a ser alvo de ataques de tuiteiros de direita.
Recursos para combater a pandemia
Em abril, Dorsey já havia doado 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,2 bilhões) para ações de combate aos efeitos da pandemia – valor que saiu de sua participação na Square e representava 28% da sua fortuna à época.
Com informações da Exame