Diante dos possíveis atos violentos durante as manifestações bolsonaristas previstas para o dia 7 de setembro, o Consórcio de Governadores do Nordeste divulgou, nesta quarta-feira (25). O governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) divulgou o documento e afirma que é “uma conclamação à paz e à legalidade”.
Na carta, os governadores afirmam que não permitirão que “atos irresponsáveis tumultuem o Brasil”.
“Reafirmamos que as instituições estaduais cumprirão a missão de proteger a ordem pública e, por isso mesmo, não participarão de qualquer ação que esteja fora da Constituição”, afirmam os governadores no texto.
Governadores nordestinos marcam posição
A decisão de publicar o documento foi diferente daquela tomada na segunda-feira, pelo Fórum de Governadores, que reuniu 25 chefes do Executivo estadual. O Fórum optou por pedir uma reunião com os chefes dos três poderes, entre eles o presidente Bolsonaro, e não emitir um documento sobre a crise institucional.
O documento dos estados do Nordeste é assinado, além de Flávio Dino, pelos governadores Wellington Dias Governador (PT-PI)), Renan Filho Governador (MDB-AL), Rui Costa (PT-BA), Camilo Santana (PT-CE), João Azevedo (Cidadania-Paraíba), Fátima Bezerra (PT-RN) e a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB-PE)).
Eles se encontraram no Rio Grande do Norte para o lançamento do programa Nordeste Acolhe, que contou com a presença de Lula. O programa prevê um auxílio financeiro de R$ 500 a crianças que perderam os pais devido à covid.
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PMs bolsonaristas
Policiais militares se preparam para participar de atos em apoio ao presidente marcados para o feriado da Independência.
Praças e oficiais das ativa e da reserva falam em “exigir” o poder, lutar contra o comunismo e retirar os ministros do STF.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afastou na segunda-feira (23) o chefe do Comando de Policiamento do Interior, coronel Aleksander Lacerda por indisciplina. O militar tem feito publicações nas suas redes sociais convocando seguidores para as manifestações e chegou a declarar que “o caldo vai entornar” e que “liberdade não se ganha, se toma”.
Leia a carta na íntegra
Com informações de O Globo e Poder 360