
Em uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (19), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou a ampliação, pelo período de um ano, de 72 vagas do programa Mais Médicos em Manaus.
A capital do Amazonas passa por uma crise de saúde pública com o aumento de casos de Covid-19 e alta demanda por oxigênio hospitalar, que ultrapassou a capacidade de reposição local e levou a uma situação de colapso na semana passada.
O texto afirma que a ampliação é “emergencial e temporária”. A justificativa da medida é a “situação de emergência ocasionada pela pandemia da Covid-19”. O provimento das vagas ampliadas ocorrerá por edital de chamamento público de médicos.
“Os profissionais que lograrem êxito no chamamento público serão alocados no Município de Manaus/AM e continuarão a desempenhar suas atividades no âmbito do Projeto até o prazo final do termo de adesão e compromisso”, diz despacho.
Manaus sem respiradores
Na quarta-feira (14), hospitais de Manaus ficaram sem o insumo básico, pacientes morreram pela falta de oxigênio e familiares passaram a buscar cilindros em fornecedores e levá-los às unidades de saúde para atender seus parentes.
As cenas de pessoas desesperadas carregando cilindros de oxigênio para os hospitais causou comoção e revolta nas redes sociais, impactando negativamente a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A crise na saúde do Amazonas também aumentou a pressão pela saída de Pazuello do comando da pasta. Na segunda-feira (18), ele admitiu que soube da possibilidade de falta de oxigênio no Amazonas no dia 8 de janeiro, uma semana antes do dia mais grave de mortes por asfixia em leitos do estado. No entanto, defendeu ações tomadas pelo governo federal e rebateu acusações de omissão.
Com informações da Folha de S. Paulo