
Nesta quarta-feira (10), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que 70% dos crimes ambientais na Amazônia ocorrem em 11 municípios, de quatro estados, que serão as áreas “prioritárias” do governo para fiscalização na região após o término das ações com militares das Forças Armadas, previsto para 30 de abril. Contudo, o governo não informou quais são esses municípios. Mourão falou sobre as ações na floresta em entrevista após comandar a reunião do Conselho Nacional da Amazônia.
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O vice preside o colegiado, recriado há um ano pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma tentativa de responder críticas no Brasil e no exterior a sua política ambiental. Mourão apresentou na reunião o Plano Amazônia 21/21, para substituir a Operação Verde Brasil 2, conduzida pelos militares.
Fiscalização do governo
A fiscalização vai voltar a ser exercida prioritariamente pelos órgãos civis, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Como esse órgãos têm equipes menores na comparação com as Forças Armadas, as ações serão concentradas.
“Levantamos que 70% do desmatamento, ou dos crimes ambientais, vamos colocar assim, ocorrem em 11 municípios: sete estão localizados no Pará, um em Rondônia, dois no Amazonas e um no Mato Grosso”, disse o vice. “Esses 11 municípios foram elencados como as áreas prioritárias, uma vez que concentrando os nossos esforços nessa região, temos condições de obter uma redução significativa desses crimes ambientais”, completou Mourão.
Ainda de acordo com o vice, o governo quer contar, além dos órgãos voltados para o meio ambiente, com a Fundação Nacional do Índio (Funai), com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com as polícias.
Contratações e doações
O vice-presidente afirmou que os ministérios do Meio Ambiente, Justiça e Agricultura avaliarão contratações temporárias para reforçar os órgãos que atuam na proteção da Amazônia. Eventuais contratações teriam de ser acertadas com o Ministério da Economia.
“Finalidade precípua deles seria atuar na área administrativa, com isso liberando gente capacitada para atuar na área operacional”, explicou Mourão. O vice também relatou que o governo estuda uma forma de receber doações de países interessados em financiar a preservação da floresta.
Com informações do G1