O Ministério da Economia enviou, nesta sexta-feira (11), ofício à pasta da Justiça e Segurança Pública para pedir explicações sobre a notificação feita pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) a supermercados e produtores de alimentos. O órgão cobrou esclarecimentos sobre o aumento no preço dos produtos que compõem a cesta básica.
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Em ofício, Geanluca Lorenzon, da Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade, quer garantias de que a notificação não resultará numa ação para controle de preços “ou qualquer outra incompatibilidade com os princípios de economia de mercado firmados na Constituição“. A Secretaria é ligada à equipe comandada por Paulo Guedes.
A chefe da Senacon, Juliana Domingues, disse, em nota divulgada na quarta-feira (9), que o pedido aos comerciantes e produtores pretende apurar eventuais preços abusivos.
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro pediu mais de uma vez “patriotismo” aos donos de supermercados para conter o aumento de preços. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o valor do produto caia com a próxima safra.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, disse que os supermercados não são responsáveis pela alta dos preços e que não podem ser taxados de vilões.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), a alta no preço do alimento é resultado do aumento da demanda no mercado internacional depois da decretação de pandemia de Covid-19.
Com informações do portal Poder 360