A alta nos preços sentida pela população vai continuar. As projeções de inflação para o Brasil, em 2021 e 2022, foram atualizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para praticamente 10%. Crise hídrica também impactou na alta dos preços.
Isso ocorre por conta da forte pressão de preços no país e no mundo.
Segundo o instituto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2021 com alta acumulada de 9,8%. A previsão anterior, feita em setembro, foi de 8,3%.
O resultado fica bem acima do teto da meta oficial para este ano, de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Dados referentes a outubro mostraram recentemente que o IPCA disparou 10,67% no acumulado em 12 meses, taxa mais acentuada desde janeiro de 2016 (+10,71%).
Para 2022, embora seja esperada desaceleração em relação à taxa de inflação deste ano, a projeção do Ipea para a alta dos preços subiu a 4,9%, de 4,1% antes, fora do centro da meta, que neste caso é de 3,5%, com margem também de 1,5 ponto.
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“O recuo esperado da inflação em 2022 está balizado na estimativa de acomodação dos preços do petróleo, ainda que em patamar elevado, à baixa probabilidade de efeitos climáticos intensos e à projeção de um aumento de 7,8% da safra brasileira, que devem gerar uma pressão menor sobre combustíveis, energia elétrica e alimentos”, explicou o Ipea em comunicado divulgado nesta quarta-feira.
Embora tenha o registrado que a inflação é um fenômeno mundial, o Ipea ressaltou em sua carta de conjuntura do quarto trimestre, que crise hídrica e aumento do custo da energia ajudam a impulsionar os preços no Brasil.
Com informações da Reuters e Brasil 247