
A alta de preços segue firme no país sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O mês de fevereiro registrou a maior taxa de inflação para o mês de fevereiro desde 2016. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), a prévia da inflação oficial para este mês é de 0,99%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 10,76%, maior que os 10,20% registrados nos 12 meses anteriores. No acumulado do ano, a alta é de 1,58%.
A educação foi o grupo de mais puxou a alta dos preços. Nesse segmento, a inflação ficou em 5,64%.
A alta dos alimentos também voltou a acelerar. Passou de 0,97% em janeiro para 1,20% em fevereiro. Alguns itens registraram altas significativas, como a cenoura (49,31%) e a batata-inglesa (20,15%).
Outros produtos continuam a pesar no bolso: o café moído, com alta de 2,71%, as frutas (+1,75%) e as carnes (-1,11%).
Alimentação e moradia puxam inflação
Outro indicador econômico, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) também registrou alta. O percentual chegou a 0,33% na terceira quadrissemana de fevereiro. O acumulado dos últimos 12 meses chegou a 9,35%, medidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
Alimentação e Habitação puxaram o aumento. No primeiro grupo, foi registrada variação de 1,17% para 1,19%. Já no segundo, a alta passou de 0,07% para 0,14%.
“Vale citar os itens tarifa de eletricidade residencial (-1,24% para -1,03%) e doces e chocolates (0,29% para 0,85%)”, destaca o relatório.
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Desaceleração
Apesar da alta, seis das oito classes de despesa medidas pelo IPC-S registraram desaceleração.
Educação, Leitura e Recreação, por outro lado, registraram queda. O grupo passou de alta de 0,15% na segunda quadrissemana para queda de 0,33% na semana seguinte.
O levantamento também registrou desaceleração no grupo Transportes, que passou de 0,34% para 0,24% de aumento; Vestuário, de 0,54% para 0,33%; Comunicação, de 0,51% para 0,37%; Despesas Diversas, de 0,23% para 0,16%; e Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,07% para 0,06%.
“Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: etanol (-2,87% para -4,06%), roupas femininas (0,68% para 0,02%), tarifa de telefone residencial (2,11% para 0,94%), despachante (0,74% para 0,09%) e aparelhos médico-odontológicos (0,26% para 0,10%)”, diz o comunicado do FGV/Ibre.