Acusado de fazer parte do esquema de desvio de recursos públicos destinados à saúde do Estado do Rio de Janeiro, o presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo – o mesmo que em 2016 batizou Bolsonaro nas águas do Rio Jordão-, foi preso na manhã desta sexta-feira (28).
A operação Tris in Idem, ordenada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi deflagrada pela Polícia Federal e culminou ainda no afastamento do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), chefe do pastor Everaldo, do cargo.
O caso agitou as redes sociais na manhã desta sexta e posicionou os nomes do pastor Everaldo e Witzel entre os assuntos mais comentados do Twitter. Usuários relembraram o batismo, que ocorreu em 12 de maio de 2016, mesmo dia em que o Senado dava sinal verde para abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
A imersão nas águas, feita pelo presidente do PSC, partido ao qual Bolsonaro era filiado, foi rememorada pelos internautas no momento da prisão de Everaldo. Homem forte de Witzel, o pastor Everaldo foi candidato à Presidência da República em 2014, quando obteve menos de 1% dos votos.
O ex-secretário estadual Lucas Tristão, braço direito de Witzel, também é alvo da operação. A primeira-dama do estado, Helena Witzel, e o ex-deputado federal e secretário da Casa Civil do Rio, André Moura (PSC), sofreram mandados de busca e apreensão nos imóveis.
Assume o estado o vice-governador, Cláudio Castro (PSC).
Operação
A operação, batizada de Tris in Idem, é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. O nome da operação é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas.