O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai se filiar ao PL. Pelo menos, é o que ele afirmou nesta segunda-feira (8).
Bolsonaro disse à CNN Brasil que está “99% fechado” com o partido. De acordo com o canal, ele disse que a “chance de dar errado [a negociação] é zero”.
Os últimos detalhes da filiação deverão ser tratados em reunião com Costa Neto na quarta-feira (10).
O presidente da legenda é ex-aliado do PT, foi condenado e preso no esquema do mensalão.
Em áudio, Valdemar disse que Bolsonaro tem conversado com os três principais partidos da base de sustentação dele no Congresso para que todos sejam atendidos.
“Hoje ele me informou que falou com o Ciro [Nogueira, do PP], e com os outros partidos. Temos que nos entender para que todos sejam atendidos. Política é isso. Hoje o PP tem a presidência da Câmara, amanhã, vamos querer ter essa presidência. Tem a eleição do Arthur e nós vamos apoiar? E depois de nós, vai vir o PRB (Republicanos) todos temos que crescer. Não pode ficar para trás. Se temos um grupo temos que estar unidos”, disse Valdemar.
“Ele [Bolsonaro] falou comigo que falou com o Ciro hoje e o Ciro entendeu. Vamos tocar para frente o assunto e vamos entender quando vamos fazer essa filiação”, continuou.
Já são praticamente dois anos que Bolsonaro deixou o PSL e está sem partido
Nas últimas semanas, o PP e o PL têm intensificado as negociações com o presidente.
De acordo com a Folha de S.Paulo, ainda que, reservadamente, todos deem como certa a ida de Bolsonaro para o PL, dirigentes dos dois partidos evitam dar certeza publicamente. Afinal, ele já mudou de ideia outras vezes.
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O senador Welington Fagundes (PL-MT) disse nesta segunda-feira (8) a jornalistas no Palácio do Planalto que as conversas entre o presidente e o partido estavam “bem encaminhadas” e que seria ideal filiá-lo dia 22, por ser o número de urna do PL.
Questionado se, caso o partido filie o presidente, todos os diretórios regionais devem acompanhá-lo, Fagundes sinalizou que não necessariamente.
“O PL nunca foi de fechar questão. “Temos as diferenças regionais muito grandes, acredito que é possível sim ter coligações diferentes, até porque na legislação não tem verticalização”, completou o senador, ao chegar no Palácio do Planalto.