O deputado federal João Campos (PSB-PE) está articulando, no Congresso Nacional, a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica. O objetivo é acompanhar as discussões sobre a prorrogação do auxílio emergencial, aprovado em março deste ano, e trabalhar pela manutenção do valor de R$ 600, definindo uma renda básica permanente para ajudar os brasileiros na superação da crise gerada pela pandemia.
Liderados pelo socialista, o grupo espera, ainda, que manicures, entregadores de aplicativos, trabalhadores da construção civil, vendedores ambulantes, microempreendedores informais e outros profissionais informais que foram apoiados nos últimos dois meses não sofram com o fim do recurso .
Fim do auxílio
Com a terceira e última parcela programada para junho, a Frente Parlamentar trabalhará pela manutenção do valor integral atualmente pago. Durante uma reunião com empresários no último dia 20 de maio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a sinalizar uma renda de R$ 200 como uma quantia possível de ser paga aos trabalhadores por mais um ou dois meses.
“Estamos avançando rapidamente nas conversas, pois o tema mais importante para o brasileiro nos dias atuais é, sem dúvida, a implantação de uma renda que assegure o mínimo necessário”, disse o deputado, que já conta com o apoio de parlamentares de diversos partidos e estados.
Desacelaração
As projeções econômicas, que apontam para a recessão econômica e o aumento do desemprego no país, também são fatores que preocupam o socialista.
“O nível de desemprego deve crescer e não haverá condições objetivas para qualquer alívio da situação econômica”, diz João, acrescentando que a expansão da faixa de trabalhadores informais a entrar na Renda Básica deverá considerar pelo menos o total de famílias inseridas no CadÚnico.
A Frente Parlamentar também estudará a extensão do benefício para outras faixas de renda e propostas que criem uma renda básica universal.