
Frutos da família mais tradicional na política pernambucana, o embate no segundo turno entre os primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) divide o eleitorado conservador no Recife. Nos bastidores, algumas estratégias de alianças já estão sendo traçadas, afirma reportagem da Folha de S. Paulo.
Os dois, que tiveram 29,17% e 27,95% dos votos respectivamente, disputam uma fatia de 42% do eleitorado recifense que votou em candidatos do campo conservador. A expressiva votação da petista, com uma diferença de apenas 9.780 (1,22%), ligou o alerta do PSB e a sigla decidiu mudar o tom.
“Recife já conhece o resultado das arengas do PT”, disse o deputado logo após a apuração numa referência às gestões petistas na capital pernambucana. O PSB foi vice do ex-prefeito João da Costa (PT) e integrou os dois governos de João Paulo (PT) à frente da Prefeitura do Recife.
Para o segundo turno João Campos prepara uma ofensiva com o objetivo de mostrar fragilidades na atuação parlamentar de Marília Arraes. A ideia é tentar neutralizar o argumento da petista, que o ataca pela falta de experiência pública.
No primeiro turno, Marília, que é classificada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “boa de briga”, chamou seu primo de “frouxo” por, no seu entendimento, fugir do confronto direto.
A petista já fez acenos ao eleitorado mais conservador ao defender que a Guarda Municipal seja armada e que os presos do Presídio Aníbal Bruno, o maior de Pernambuco, sejam retirados do Recife e colocados em outra cidade.
Com informações da Folha de S. Paulo