Após a vitória do Brasil contra o Paraguai por 2×0, em Assunção, na terça-feira (8), os jogadores da seleção brasileira manifestaram-se contra a realização da Copa América pelas redes sociais. Liderados pelo capitão Casemiro,o grupo publicou um manifesto, no qual afirmaram que nunca dirão não à seleção, porém não querem transformar a discussão em política.
No manifesto, os atletas informaram que estão insatisfeitos com a condução da Copa América no Brasil pela Conmebol. A divulgação foi feita de forma conjunta entre jogadores e comissão técnica, com o objetivo de expor o descontentamento, principalmente com a forma que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lidou com a mudança da sede para o território nacional.
Marquinho, zagueiro da seleção falou sobre o caso em entrevista após a partida. “Foi muito discutido internamente e externamente. Em momento algum os jogadores se negaram a vestir essa camisa. É o nosso sonho de criança. É o maior orgulho para a gente estar vestindo essa camisa. A partir de agora vamos ver o que será decidido. Sabemos que existe uma hierarquia e estamos cientes do nosso papel”.
Leia o manifesto na integra:
Protocolos de segurança da Copa América
Os protocolos são rígidos e estão divididos em seis categorias: hospedagem, treinos, testagem, viagem, jogos e retorno da equipe aos países de origem. Os jogadores não poderão sair do hotel, exceto para treinos e questões de saúde.
Os atletas serão testados a cada 48h e as delegações, assim que chegarem no Brasil, terão que ficar em quartos e andares separados. Usarão vôos fretados e ônibus individuais, que terão que ser higienizados.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os jogadores das seleções não serão obrigados a tomar a vacina anti-covid.
“Não se fará esforço maior para vacinar esses atletas porque a vacina poderia até causar algum tipo de reação e comprometer o ritmo competitivo dos jogadores.”
Marcelo Queiroga
Mastercard retira exposição na Copa América
Após o Ministério Publico Federal (MPF), abrir uma ação coordenada para investigar a realização da Copa América, a Operadora de cartões, Mastercard, não vai mais expor a sua marca no torneio.
O comunicado realizado pela empresa informa “Após análise criteriosa, decidimos por não ativar nosso patrocínio à Copa América no Brasil”, que não especifica o motivo, mas conturba ainda mais a crise da CBF, que teve o presidente afastado por assédio, sofre fortes críticas da população e ainda é alvo da investigação do MPF.
Preocupação da OMS para realização do torneio
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um comunicado na segunda-feira (7) para os países que ainda não tem a pandemia sob controle terem “extremo cuidado” com a realização de eventos esportivos, por conta da transmissão de Covid-19.
O diretor-executivo de emergências da entidade, MiKe Ryan, avaliou que eventos como a Copa América são complexos. “Grandes eventos esportivos internacionais são complexos e requerem uma clara estimativa de riscos e o gerenciamento desses riscos. Entendemos que os riscos podem ser reduzidos, mas dificilmente chegam a zero”, declarou.
Com informações de O Globo e Revista Fórum