
Durante o discurso de posse do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo (1º), a economia criativa recebeu destaque como uma das ferramentas mais importantes para ajudar a melhorar a situação do país.
“Precisamos gerar o emprego e a renda na velocidade e que o Brasil precisa. Precisamos dinamizar e expandir o mercado interno de consumo e, para isso, é preciso desenvolver o comércio, o setor de exportações, serviços, agricultura e indústria. E as empresas indutoras de crescimento e inovação, terão papel fundamental nesse novo ciclo. Por isso, vamos investir e impulsionar as pequenas e médias empresas, que são as maiores geradoras de emprego e renda, que são o empreendedorismo, o cooperativismo, a economia criativa”, explicou Lula.
O tema já havia sido abordado outras vezes após o segundo turno das eleições, em outubro de 2022, quando o recém-eleito presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva leu um discurso cuidadosamente elaborado — do qual nem mesmo se desviou muito. Ao lado do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), era possível notar que cada uma das palavras do petista se dirigia a públicos diversos da sociedade, inclusive com acenos ao resto do mundo.
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Durante seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula afirnou que vai trabalhar pela estabilidade do país, para atrair de volta os investidores ao Brasil. Além disso, Lula explicou que vai investir na criatividade do povo brasileiro e definiu a reindustrialização como transição para a economia digital.
“Vamos reindustrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores. Queremos exportar também conhecimento”, disse.
O petista ainda comentou que os pobres farão parte do orçamento e apoio aos pequenos e médios produtores rurais. “Com todos os incentivos possíveis aos micros e pequenos empreendedores”, avaliou.
O Brasil pode ser um polo importantíssimo de Economia Criativa, diz Alckmin
Durante a transição de governo entre novembro e dezembro do ano passo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) destacou que um dos principais desafios do governo será a geração de emprego e renda. Nesse sentido, enfatizou que adotar a Economia Criativa como estratégia será fundamental para alavancar a economia brasileira.
“O setor primário da economia, que é a agricultura, está cada vez mais mecanizado. A indústria também tem um alto nível de automação e cada vez mais é o setor terciário da economia, ou seja, o setor de serviços que vem crescendo”, afirmou.
Ele destacou que a Economia Criativa pode ser uma importante estratégia para recuperar a imagem do Brasil em questões ligadas ao meio ambiente, além de alavancar a indústria do turismo, a cultura e a educação.
“O Brasil pode deixar de ser um pária internacional, como é hoje, nas questões do desmatamento na Amazônia para produzir com sustentabilidade, com preocupação quanto às mudanças climáticas. Temos um um potencial enorme com nossa diversidade cultural, biodiversidade, produção de tecnologias e o Brasil pode se tornar um polo de Economia Criativa”, disse Alckmin.