
A análise realizada em tempo real ao longo da entrevista de Lula (PT) ao Jornal Nacional, na noite desta quinta-feira (25), feita pelo diretor da Quaest Pesquisa, Felipe Nunes, que é também especialista em redes sociais, mostrou que a participação do ex-presidente no telejornal mais assistido do país foi estrondosa, o que se materializou no recorde de 15 milhões de internautas impactados no decorrer da exibição.
A entrevista de Jair Bolsonaro (PL), na segunda (22), impactou 9 milhões de usuários, enquanto a de Ciro (PDT), no dia seguinte, atingiu apenas 2 milhões.
Os momentos que melhor renderam menções positivas ao petista foram a defesa de medidas anticorrupção no seu governo, apurando os erros de qualquer um que os tenha cometido, quando ele defendeu a aliança com Alckmin e o trecho em que disse que a política não é lugar para o ódio.
Já os recortes com os piores desempenhos ocorreram no momento em que Lula disse que não responderia sobre a lista tríplice, ao atacar Bolsonaro o chama-lo de bobo da corte e quando afirmou que a solução para o orçamento secreto é conversar com os deputados do centrão.
As menções negativas predominaram por uma pequena vantagem e ficaram em 52%, enquanto as positivas atingiram 48% durante a transmissão da entrevista, muito por conta da aguerrida militância bolsonarista que passou os últimos dias combinando um grande ataque simultâneo a Lula durante sua participação no Jornal Nacional.
Lula enaltece Alckmin
O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a sabatina do Jornal Nacional respondendo perguntas sobre corrupção e disse estar preparado para ser melhor do que já foi no passado.
O petista ressaltou a parceria com Geraldo Alckmin (PSB) e enalteceu as qualidades do candidato a vice para a execução do programa de governo da chapa. “Um cara que foi governador de São Paulo por 16 anos e vice por seis anos e um cara que foi considerado o melhor presidente da história do Brasil. São esses dois que vão governar esse País”, disse.
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Lula e Alckmin lideram as pesquisas de intenção de voto e o petista foi o terceiro candidato à presidência a participar da sabatina do Jornal Nacional, da TV Globo.
Lula admitiu erros de governos passados e disse que denunciar corrupção e investigar tem que ser prioridade. Ele fez críticas aos sigilos decretados pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos escândalos de corrupção que surgiram no atual governo.
Ao ser questionado sobre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Lula disse que é uma das pessoas por quem ele mais tem respeito e que os entrevistadores poderiam convidá-la para falar de seu governo.
Ao falar sobre assuntos diversos, Lula citou o ex-governador Geraldo Alckmin e ressaltou a importância da experiência do candidato a vice, principalmente, na economia.
Lula ressaltou que em um eventual governo Lula/Alckmin o Brasil voltará a ter “credibilidade interna e externa” e destacou que o plano de governo da chapa foi elaborado em conjunto com os dez partidos envolvidos.
“Tenho a experiência do ex-governador Geraldo Alckmin. Muita gente pensava que era difícil Lula se juntar com Alckmin. Política não tem que ter ódio, a política é extraordinária para conviver”.
Lula disse que para combater a corrupção e fiscalizar o governo é fundamental uma “imprensa livre” e ressaltou que a comunicação será uma das prioridades de seu governo.
Lula foi o terceiro candidato entrevistado pelo Jornal Nacional. Nesta sexta-feira (26) será a vez de Simone Tebet (MDB).