As movimentações para o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto estão a todo vapor. Um grande ato no início de abril será realizado, em São Paulo, e deve contar com os partidos que apoiam a candidatura de Lula, incluindo o PSB que, embora tenha decidido não participar da federação partidária, já anunciou apoio ao petista.
Outro importante apoio que a campanha de Lula deve contar é do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Após se reunir com Guilherme Boulos (PSOL), o petista se dirigiu a esses trabalhadores.
Em vídeo, destacou a gratidão do movimento não apenas na luta para a conquista de moradia para os trabalhadores nos centros urbanos, mas na luta pela democracia e pelo apoio que dão ao próprio Lula.
Ao destacar o abandono dos projetos de moradia pelo atual governo, especialmente, o Minha Casa, Minha Vida, Lula afirmou que o MTST terá importante atuação na reconstrução de programas e projetos destruídos pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).
“Vocês não serão apenas coadjuvantes, mas serão sujeitos da história porque vocês vão ter que ajudar a construir programa e a governar”, garantiu Lula. “Outra vez vocês vão voltar a ter casa.”
Preparações para o lançamento
Geraldo Alckmin, que está desembarcando no PSB e deverá ser o vice de Lula, deve estar no palanque. A decisão final sobre a chapa Lula-Alckmin deve sair depois de aprovada dentro do próprio PT, embora a última palavra seja de Lula.
Devem estar juntos na federação PT, PCdoB e PV. O PSB já anunciou que estará com Lula, mesmo de fora da federação. O mesmo deve acontecer com PSOL, Solidariedade e Rede.
Petistas contam também com a desistência de Guilherme Boulos (PSOL) a candidatura ao governo de São Paulo. Dessa forma, poderiam lançar Fernando Haddad para disputar o cargo no mesmo evento de Lula.
A data foi definida pelo petista de olho nas lideranças políticas que devem aproveitar a janela partidária para ingressar no PT.
PSB fora da federação, mas junto a Lula
O PSB entendeu que não poderia compor uma federação partidária após a negativa do PT em aprovar propostas consideradas essenciais pelos socialistas. Contudo, o apoio a candidatura de Lula está mantido.
Dentre as propostas não aceitas pelo PT estão o quórum de 4/5 para aprovação de decisões da federação, o que induziria um processo de consenso; e a alteração na composição levando em conta o número de prefeitos de cada partido – o aumentaria em dois membros a participação do PSB e diminuiria, levemente, o número de membros do PT de 27 para 25.
Com informações do O Globo