
A eleição para a prefeitura de Macapá será decidida no segundo turno entre os candidatos Josiel Alcolumbre (DEM) e Antônio Furlan (Cidadania). O pleito foi adiado após o Estado do Amapá enfrentar uma grave crise no abastecimento de energia por cerca de três semanas. A segunda etapa da votação está marcada para o próximo dia 20.
Alcolumbre teve 29% (59.511 votos) e Furlan recebeu 16% dos votos válidos (32.369). A disputa pelo segundo lugar foi acirrada: 2.209 votos separaram Furlan de João Capiberibe (PSB), que ficou em terceiro lugar, com 30.160 votos.
A eleição na capital do Amapá foi marcada pelo longo apagão no Estado e pela nacionalização do debate. Primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto ao longo da campanha, Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Ele recebeu apoios tanto do atual prefeito, Clécio Luis, quanto do governador Waldez Góes (PDT).
O atual prefeito, que termina seu segundo mandato, teve um desentendimento com seu próprio partido após declarar seu apoio. Clécio pediu a desfiliação da Rede Sustentabilidade em agosto após sofrer críticas internas de correligionários que desaprovaram sua decisão, e atualmente está sem partido.
Crise energética e a eleição em Macapá
Josiel liderou as intenções de voto ao longo de toda a campanha mas perdeu tração com a crise energética no Estado. Foram quatro dias de apagão e um racionamento por cerca de 20 dias até que a situação do abastecimento se normalizasse. Os adversários responsabilizaram o governo federal pela pane e associam o senador e seu irmão ao presidente Jair Bolsonaro.
A onda de críticas quase custou o favoritismo do candidato governista. Josiel crescia nas intenções de voto e chegou a alcançar 31% dos votos válidos em uma pesquisa do Ibope divulgada no fim de outubro. Sua pontuação caiu para 26% em novembro, no auge do apagão.
O candidato do Cidadania, Dr. Furlan, estava empatado tecnicamente com outros dois concorrentes no segundo lugar. Ao fim da contagem de votos, Capiberibe alcançava 15% na votação. Cirilo Fernandes (PRTB) e Patrícia Ferraz (Podemos) tiveram, ambos, 11%.
Com informações do Estadão