Plano de contingência contra ameaça de uma nuvem de gafanhotos com 30 km² contará com frota de mais de aviões 400 em todo o estado

O governo do Rio Grande do Sul se prepara para a ameaça a de uma nuvem de gafanhotos com 30 km² e com potencial para causar prejuízo diário de mais de R$ 1 milhão. Atualmente, os insetos estão a cerca de 10 km da fronteira da Argentina com o Uruguai.
O plano de combate conta com 70 aeronaves espalhadas pela fronteira e mais de 400 em todo o estado, segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho. A frota será usada para aplicar inseticidas que nunca foram usados no Brasil e que agora são permitidos.
Bombardeio de agrotóxicos
O bombardeio de agrotóxicos gera apreensão. “É preciso de uma estrutura gigantesca e temos que atacar de todas maneiras e de forma rápida. Temos mais de cem profissionais técnicos à disposição”, explica o secretário.
Em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o plano de contingência tem um custo previsto de R$ 600 mil para 21 dias.
No entanto, uma projeção da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) indica que, considerando a direção dos ventos, de Norte para Sul, a nuvem pode não ingressar em território gaúcho. Mas Barra do Quaraí, localizada na tríplice fronteira, está apreensiva.
“Nossa cidade é grande produtora de arroz. Porém, estamos na entressafra, quando cresce o pasto. Se a praga ataca o pasto, o gado fica sem comida e tem perda de peso.”, disse o prefeito Iad Choli (PSB).
Com informações da Folha de S. Paulo.