
Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi passear na Rússia com o pai, Jair Bolsonaro (PL). Além de conhecer locais turísticos, o filho 03 do presidente tomou o lugar de integrantes da comitiva presidencial em encontro com presidente do parlamento russo, Vyacheslav Volodin. A pauta do encontro não foi divulgada.
O Itamaraty não esclareceu a presença do vereador na reunião nem informou a posição do Ministério das Relações Exteriores sobre o encontro com um político alvo de sanções internacionais.
Volodin foi incluído em listas de sanções de países da União Europeia, além de Canadá, Austrália e dos EUA, relacionadas a suas posições e o seu papel durante a crise relacionada à anexação da Crimeia por Moscou, em 2014 — seu nome ainda aparece na lista da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (Ofac).
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) desconfia do passeio de Carlos Bolsonaro.
A presença injustificada de 03 gerou críticas nas redes sociais.
Da Rússia, Carluxo atua pela desinformação
Carluxo, responsável por pela estratégia digital do pai, está perdendo algumas sessões na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Mesmo assim, ele votou contra um projeto da Casa que pretende instituir o Dia de Combate às Notícias Falsas (Fake News) no calendário da Cidade do Rio.
Vale lembrar que 03 é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos articuladores do esquema criminoso de fake news.
As investigações ocorrem no âmbito do inquérito das fake news, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em relatório enviado ao STF, a PF confirmou a existência de uma milícia digital que age contra as instituições e a democracia e teria usado a estrutura de um “gabinete do ódio”.
A suspeita é que esse grupo atue dentro do Palácio do Planalto, por meio de funcionários comissionados do governo Bolsonaro.
“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação”, alegou a delegada Denisse Ribeiro, que assina o documento.
Com informações do O Globo