O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo do estado, reúne as melhores condições para derrotar o bolsonarismo. É o que mostra a mais nova pesquisa DataFolha, divulgada nesta quinta-feira (7).
A experiência de França aliada aos seus posicionamentos o colocam em uma posição que mostra a força do socialista também entre os eleitores que avaliam o governo de Jair Bolsonaro (PL) como bom ou ótimo.
França alcançou 23% da preferência entre esses eleitores. O que o coloca em empate técnico com o candidato bolsonarista, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que aparece com 26%. O petista Fernando Haddad teve apenas 11% da preferência.
Mais que isso, o socialista tem baixa rejeição entre os apoiadores de Bolsonaro. Apenas 20% enquanto Haddad registrou 60% de rejeição entre esses eleitores.
Os números reforçam o que o próprio França tem argumentado em defesa de sua candidatura. Especialmente, a capacidade que o socialista tem de convencer os eleitores fora da esquerda, diferentemente de Haddad.
“Tenho aceitação entre bolsonaristas pelo meu respeito às polícias e ao interior de São Paulo. Sou o melhor caminho para tirar o poder de Bolsonaro. Pregar na CUT é fácil. Eu tenho capacidade de convencer o eleitorado que não é de esquerda de que sou uma opção possível”, disse França à Folha.
Leia também: Haddad e Márcio França isolam direita em São Paulo
O mesmo poder aglutinador é confirmado entre os eleitores que apoiam o PSDB. Ele alcança 32% da preferência desse segmento e aparece à frente do próprio candidato tucano, Rodrigo Garcia, que conseguiu apenas 14% da preferência. Haddad marcou 10%.
O que na avaliação de França revela que uma candidatura pela terceira via é viável.
Inclusive, porque o socialista tem mais força que o PT na Grande São Paulo, no litoral, entre os que rejeitam João Doria (PSDB) e em categorias específicas, como os servidores públicos.
“Sou mais anti-Doria que o Haddad”, reforça França ao lembrar os duros embates que travou com o tucano nas últimas eleições.