O secretário especial da Cultura de Jair Bolsonaro (PL), Mário Frias, foi passear nos Estados Unidos usando dinheiro público. Oficialmente, ele foi tratar de projeto do lutador de jiu-jítsu bolsonarista Renzo Gracie. Frias foi a convite do lutador.
A viagem foi considerada urgente, confirmada a menos de 15 dias do embarque. Foram R$ 39 mil para cinco dias em Nova York. Os dados são do Portal da Transparência e foram divulgados pela Folha.
O secretário-adjunto de Frias, Hélio Ferraz de Oliveira, acompanhou o chefe e gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, foram cerca de R$ 78 mil para bancar os dois nos Estados Unidos, ente os dias 14 e 19 de dezembro.
O lutador é conhecido mundialmente e é dono de uma escola de jiu-jítsu em Nova York que leva seu sobrenome. Ele acaba de ser biografado pelo ex-secretário pelo ex-secretário federal da Cultura, Roberto Alvim – o mesmo que foi demitido do cargo atualmente ocupado por Frias por apologia ao nazismo.
Na ocasião, Roberto Alvim falou que se trata de uma “coincidência retórica” e em seguida, disse que “a frase em si é perfeita”.
A frase que havia sido dita por Alvim foi:
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o brasileiro.