
No dia em que o golpe militar no Brasil completa 56 anos, nesta terça-feira (31), o vice presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), usou suas redes sociais para fazer a defesa explícita da ditadura.
“As FA [Forças Armadas] intervieram para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições”, escreveu. A partir de seus perfis, deputados socialistas repreenderem a postura do Governo e reforçaram o comprometimento com a democracia.
“Generais amanheceram com saudades da ditadura (ou seja, da censura, da violência de Estado e do arbítrio político) tentando reescrever a história. Dedico esse trecho do discurso de promulgação da Constituição de 1988 aos golpistas de ontem e de hoje”, repudiou Camilo Capiberibe (AP), inserindo trecho do discurso do deputado Ulysses Guimarães, franco opositor ao regime imposto pelos militares.
21 anos de sofrimento
Líder do Partido, Alessandro Molon (RJ) aproveitou a data para enaltecer a democracia e sua defesa pela liberdade no país. “Um golpe que ceifou inúmeras vidas e acabou com as liberdades não pode ser, de forma alguma, comemorado, muito menos por quem deveria defender a democracia. Foram mais de 20 anos de sofrimento num dos períodos mais nefastos da nossa história”, declarou.
Denis Bezerra, eleito pelo Ceará, recordou a violência e a censura que marcaram o período, transformando-o em “pesadelo. “Há 56 anos, se iniciava no Brasil o período que transformou tortura em política de Estado. Foram 21 anos marcados por forte repressão à liberdade de expressão e a qualquer cidadão que contestasse essa situação. Um pesadelo vivo em nossa memória!”, disse.
Discurso que também foi seguido pelo deputado Bira do Pindaré (MA). “Ditadura Nunca Mais: 31 de março de 1964 – Início de páginas tenebrosas da nossa história. O Congresso foi fechado, a Constituição rasgada, pessoas perseguidas, censuradas, torturadas e mortas. 21 anos para não serem esquecidos. Nossa luta é em defesa da liberdade e da democracia!”, ressaltou.