
O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal investiga a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por suspeitas de assédio contra funcionários do Palácio do Alvorada. A informação é do site Metrópoles, que também revelou as denúncias dos trabalhadores contra a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leia também: Bolsonaro fala em voltar ao Brasil em março e admite risco de ser preso
A investigação do MPT também tem o pastor Francisco Castelo Branco, que administrava o Alvorada na última gestão, como alvo. Junto com Michelle, ele é acusado de perseguir moralmente os funcionários da casa. A ex-primeira-dama foi acusada de destratar os trabalhadores designados para auxiliar a rotina do Palácio, enquanto o pastor ameaçava o grupo com demissões e outras humilhações, como a suspensão do lanche dos colaboradores. Segundo os relatos, ele deixava claro aos trabalhadores que agia em nome de Michelle.
Em um dos episódios, o pastor disse que suspenderia o lanche dos servidores que questionassem suas ordens. “Ele assediava as pessoas e ameaçava de demissão o tempo todo. E dizia que a primeira-dama tinha conhecimento de tudo e autorizava essa postura”, relatou uma das funcionárias da residência oficial ao Metrópoles.
Para apurar os fatos, o MPT abriu nesta semana uma investigação preliminar. A ideia, segundo o site, é colher mais informações que possam confirmar os relatos da reportagem. Nesta fase, serão ouvidas testemunhas, vítimas e acusados pelo assédio no Alvorada.
A reportagem contra Michelle também mostrou indícios de um esquema de caixa 2 na última gestão. Ela é acusada ainda de ter se apropriado indevidamente de bens públicos, como moedas jogadas no espelho d’água em frente ao Palácio. Para recolher o dinheiro do local, ela teria matado carpas dadas pelo Japão ao Brasil.