
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar as possíveis responsabilidades das empresas e órgãos envolvidos no apagão ocorrido no estado do Amapá.
Desde a noite da última terça-feira (3), ao menos 13 dos 16 municípios do estado estão sem fornecimento de eletricidade, após um incêndio que afetou uma subestação de energia em Macapá (AP).
O desligamento de energia foi necessário por conta dos problemas nos transformadores. Segundo o portal G1, há relatos de pessoas tentando estocar água potável, o que lotou alguns estabelecimentos comerciais.
Com o transtorno em meio as eleições municipais, candidatos começaram a trocar acusações. As pesquisas de intenção de voto mostram certa vantagem para Josiel Alcolumbre (DEM), candidato a prefeito de Macapá e irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Porém, com o apoio do atual prefeito da capital, Clécio Luis (sem partido), e do governador, Waldez Goes (PDT), ele passou a receber as reprimendas pela desordem.
Esclarecimentos de empresas do Amapá
Na última quinta (5), o MPF solicitou que os órgãos prestem esclarecimentos a respeito dos planos para restabelecimento da energia elétrica e sobre a apuração das responsabilidades pelo apagão.
No prazo de 24 horas, o governo do Amapá deve informar os planos de ação traçados para o restabelecimento da energia em todo o estado. No mesmo prazo, o MPF requisita à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e à empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) que comuniquem as medidas que estão sendo adotadas para viabilizar o retorno da energia elétrica, além da previsão para a conclusão dos serviços.
Sobre a apuração das responsabilidades, o MPF requisitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e também à CEA e à LMTE que informem, no prazo de cinco dias, se já foi iniciado procedimento para investigação dos fatos relacionados à interrupção do fornecimento de energia elétrica.
Os órgãos e empresas devem informar se já iniciaram o levantamento sobre as causas do incêndio na subestação e sobre eventuais responsabilidades pela falta de peças para a reposição e reparo dos transformadores.