
Presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP) disse não haver hipótese de oferecer o controle da sigla para atrair o presidente Jair Bolsonaro. A declaração ocorreu durante entrevista ao jornal Estadão.
O partido abriga o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ). No entanto, segundo o dirigente, os mesmos estão na sigla apenas “de passagem” por um pragmatismo local.
Desde que a ideia de fundar o Aliança pelo Brasil naufragou, Bolsonaro busca uma legenda para se filiar. Além do Republicanos, estão sendo analisados para abrigar a reeleição em 2022 o PP, PTB, Patriota, PL e até o PLS.
A sigla comandada por Pereira, no entanto, contabiliza crescimento nas eleições municipais, ao pular de 103 para 208 prefeitos, e agora almeja a presidência da Câmara.
O Republicanos pode ser considerado de direita, ocupando um lugar que, inicialmente, se esperava para o PSL, antigo partido do presidente Bolsonaro?
“Somos um partido que se posiciona como centro-direita, um pouco mais para a direita. Mas não pode ser jamais, em tempo algum (bate na mesa para reforçar), um partido radical, de extrema direita. Obviamente, se eu tenho dois filhos do presidente, isso leva mais um pouquinho para a direita, mas tenho pessoas que são mais progressistas e isso traz equilíbrio. Até porque os filhos do presidente, eu não tenho dúvida, estão de passagem pelo partido, por um pragmatismo local.”
Se Bolsonaro pedir para se filiar ao Republicanos, o sr. aceita?
“Teríamos de avaliar. Em 2017, conversei com o presidente quatro vezes porque o PRB (antigo nome do Republicanos), à época, era uma opção para ele. Alguns no partido foram entusiastas, outros, refratários. Se a condição (para entrar) for ele ter o comando do partido, não virá para o Republicanos, porque eu não abro mão do comando do partido para ninguém, nem para o presidente da República.”
Confira entrevista completa aqui.