Três das maiores comunidades do Rio (Rocinha, Manguinhos, Maré e Vigário Geral), têm pelo menos 11 mortes pela covid-19 e 14 casos confirmados da doença. O número de casos da doença nessas favelas, segundo o Estadão, é quase igual ao de mortos pela doença.
A subnotificação, mais elevada que o normal, pode ser o motivo, segundo especialistas disseram ao jornal.
Muitas comunidades carentes costumam não ter saneamento básico e quando têm é insuficiente. Somado a isso, as ruas são muito estreitas e por conta da desigualdade econômica, muitas pessoas são obrigadas a dividir uma mesma moradia, facilitando a propagação do vírus.
A chegada da epidemia nas comunidades é um dos maiores temores de autoridades de saúde como a OMS.
Se por um lado os números apontam que a grande maioria dos casos da doença, 1.251, estão concentrados nos bairros mais ricos da capital (na zona sul e na zona oeste), com 59 mortes, por outro lado eles também alertam que o vírus avança rumo aos mais pobres.
Na Rocinha, na zona sul, foram contabilizados seis casos e cinco mortes. Em Vigário Geral, na zona norte, foram três casos e o mesmo número de mortes, registrou o jornal.