
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) se manifestou nesta quarta-feira (24), dia em que o país comemorou os 89 anos da conquista do Voto Feminino no Brasil, para lembrar a importância da data. Por meio do seu perfil no Twitter, a parlamentar afirmou que a não participação feminina nas escolhas políticas do país demonstrou a sociedade machista da época. Ela destacou ainda que há muito o que avançar para que mulheres alcancem a igualdade no país.
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Lídice também apresentou dados que mostram que as mulheres são maioria em números populacionais e de votantes. Porém, mesmo estando em maior parcela, o voto não tem sido direcionado para elas. Com isso, a quantidade de mulheres nos espaços de representatividade política para garantir uma participação feminina efetiva nas decisões que afetam a vida da população, está aquém do esperado.
“Hoje, no Brasil, as mulheres representam 52% da população e do eleitorado. Mais de 1/3 das mulheres é chefe de família e toda essa expressão econômica e social precisa se refletir também na política”, afirmou.
De acordo com dados divulgados pelo TSE, no primeiro turno das eleições municipais de 2020 houve um aumento de 50% do número total de prefeitas eleitas no país. Entretanto, em números absolutos isso ainda significa que foram eleitas 651 (12,1%) mulheres contra 4.750 (87,9) homens.
Pioneira
Lídice da Mata possui em seu currículo um histórico de pioneirismo. Primeira mulher eleita presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE-BA), também a primeira mulher prefeita de Salvador-BA, foi também a primeira senadora do estado da Bahia.
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Eleita a primeira vez deputada federal em 1986 com o slogan “Mulheres Unidas!”, foi uma das 26 parlamentares a participar da Assembleia Nacional Constituinte. Em 2021, ela segue na luta por mais igualdade.
“Já avançamos nos direitos da participação feminina na política, tanto pelo voto como nos processos eleitorais. Mas ainda temos muitos caminhos a percorrer para que se mude o patamar do Brasil de uma das mais baixas representações do mundo em participação das mulheres no Parlamento”, concluiu a deputada.