
O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), da Coligação Brasil da Esperança, participam de caminhada em Campinas (SP), na manhã deste sábado (8), ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato ao governo do estado.
Antes do ato, o ex-presidente concedeu entrevista à imprensa. Ele fez duras críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), apontando o uso da máquina estatal para fazer campanha eleitoral pela reeleição e a uma declaração antiga, em que o chefe do Executivo disse que “comeria carne humana”.
“Nós estamos fazendo uma campanha com uma certa anomalia, porque nós temos um cidadão, que está exercendo a Presidência, que está utilizando a maquina do governo para fazer campanha. Eu estava analisando desde Marechal Deodoro da Fonseca, 1889 até agora, todos os presidente juntos, ninguém utilizou a máquina 10% como ele está utilizando”, afirmou.
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“Temos um cidadão na presidência que fala que comeria carne de indígenas pro New York Times. O povo está cansado. Quer voltar a ter emprego, casa, saúde. Nós vamos ganhar porque o povo precisa voltar a ter esperança”, declarou Lula.
Na retomada da campanha ao Palácio do Planalto nesta semana, Lula focou suas ações em São Paulo – estado que é o maior colégio eleitoral do país com 34,6 milhões de eleitores.
Na quinta-feira (6), o petista participou de passeata em São Bernardo do Campo, berço do sindicalismo na região do ABC Paulista. Nesta sexta-feira (7), o ex-presidente fez caminhada com apoiadores em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Pesquisa
Pesquisa Datafolha, a primeira do instituto após o primeiro turno da eleição presidencial, divulgada nesta sexta-feira (7), projeta vitória do ex-presidente Lula (PT) sobre o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno, a ser realizado em 30 de outubro.
Segundo o levantamento, o petista soma 49% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro alcança 44%. 2% dos eleitores entrevistados se dizem indecisos.
Em votos válidos, isto é, desconsiderando indecisos, votos em branco e nulos, Lula chega a 53% – uma diferença de 6 pontos para Bolsonaro, que tem 47%.
O Datafolha realizou 2.884 entrevistas com eleitores de 179 cidade brasileiras entre os dias 6 e 7 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.