
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta sexta-feira (26), que nova variante da covid-19 – a B.1.1.529 – como de ‘preocupação’. São 50 mutações identificadas, 30 delas na proteína “spike”, a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a doença.
Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal. A OMS afirma que que precisará de mais tempo para compreender melhor o comportamento da variante.
Enquanto diversos países tentam se adiantar à nova mutação da covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclama das medidas de contenção.
Chamada de ‘ômicron’, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
Já são, pelo menos, 9 países e/ou territórios que anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à B.1.1.529 até o momento.
Bolsonaro, por sua vez, descartou lockdown ou fechamento de fronteiras. Defendeu a adoção de ‘medidas racionais’, sem dizer se o governo vai acatar a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de exigir o passaporte da vacina para viajantes que venham do exterior.
Origem da variante
A variante B.1.1529 foi reportada à OMS pela primeira vez em 24 de novembro de 2021, pela África do Sul. A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.
Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus têm aumentado abruptamente, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529. O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.
De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, sendo que algumas delas trazem preocupação.
“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com esta variante, em comparação com as outras versões do coronavírus. O número de casos da B.1.1.529 aparenta estar crescendo na maioria das províncias da África do Sul”, afirma a OMS.
Com informações do g1 e Folha de S.Paulo