
Os partidos PT, PDT, PSB e PCdoB lançaram nesta segunda-feira (21) um manifesto sobre a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. No documento, as quatro legendas de oposição ao governo de Jair Bolsonaro expressaram dez pontos fundamentais pelos quais irão lutar na eleição da Mesa Diretora da Casa.
“Nós, dos partidos da oposição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, antinacionais e lutar para que o povo possa ter seus direitos a saúde, ao emprego e renda, a alimentação acessível, a educação, resguardados”, diz um trecho do documento.
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Entre os pontos destacados no manifesto das oposições estão a defesa de uma campanha de vacinação contra a Covid-19, de maneira universal; a prorrogação do auxílio emergencial; a tributação dos mais ricos; a luta contra privatizações de estatais; a defesa dos direitos dos trabalhadores, entre outros pontos.
O PT, PDT, PSB e PCdoB aderiram a uma frente ampla, composta por 11 partidos e liderada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
Mais cedo, em coletiva, Maia negou que as negociações com esses partidos envolvam um compromisso de pauta no campo econômico. Segundo ele, o denominador comum abrange outros assuntos, como a independência da Câmara e questões relacionadas a minorias e costumes.
“Se fôssemos tratar dessa pauta (econômica), não teríamos convergência como tivemos na sexta-feira”, disse Maia, em referência ao anúncio na última semana do apoio da oposição à aliança pela sucessão da Câmara que agora conta com 11 legendas.
“Não tem nenhuma pauta de agenda econômica sendo preparada em conjunto, de jeito nenhum”, completou.
A aliança negociada por Maia, que ainda não tem um candidato definido, disputa o comando da Câmara com o líder do bloco que ficou conhecido como centrão, Arthur Lira (PP-AL), preferido pelo governo.
Leia abaixo a íntegra do manifesto:


