O pastor Jarkson Vilar da Silva, mais conhecido como Jackson Villar, organizador da motociata de Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (15), em São Paulo, recebeu R$ 5,7 mil de auxílio emergencial. Villar é empresário e foi candidato a deputado federal pelo Pros, em 2018.
Villar recebeu o benefício entre abril de 2020 e outubro de 2021. O pagamento está registrado no Portal da Transparência.
Ele foi o organizador do evento Acelera para Cristo com Bolsonaro, evento que reuniu 3,7 mil apoiadores. O número é praticamente a metade da quantidade de participantes da motociata realizada no ano passado, também organizada por Villar. Na ocasião, ele continuava a receber o benefício.
Os números foram contabilizados pela concessionária da rodovia e divulgados pela Secretaria de Logística e Transportes (SLT) e pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
A rodovia foi bloqueada durante horas para o passeio eleitoral de Bolsonaro, atrapalhando a vida de quem precisou passar pelo local.
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Área VIP de Bolsonaro a R$ 10
Jackson Villar divulgou a motociata eleitoral em suas redes sociais e cobrava taxa de R$ 10 para quem quisesse ficar em uma ‘área VIP’, perto de Bolsonaro.
Procurado pelo g1, Villar que não respondeu à reportagem.
Patrocinadora de motociata é fornecedora do Exército
Uma das empresas que patrocinou a motociata de Jair Bolsonaro (PL) também é fornecedora do Exército. A GDS – Grow Dietary Supplement aparece listada como patrocinadora do evento com seu nome fantasia, Black Skull. O evento Acelera para Cristo foi realizado nesta sexta-feira, em São Paulo.
A empresa fornece diferentes suplementos alimentares para o Exército. As informações são do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
A empresa aparece no Portal da Transparência com notas fiscais que totalizam R$ 83 mil, de acordo com o jornalista.
Ameaças
Durante a motociata, Bolsonaro fez ameaças após o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fecharem acordo para que uma nova ferramenta da plataforma, que permite grupos com milhares de pessoas, passe a funcionar depois do segundo turno das eleições.
A medida é uma das tentativas de conter a disseminação de fake news, especialmente, as que coloquem em risco o sistema eleitoral e a democracia.
“Não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento”, vociferou Bolsonaro em motociata, nesta sexta-feira (15), em São Paulo.
Depois, disse que também se reunirá com representantes da plataforma e desferiu novas críticas sobre o acordo feito pelo WhatsApp com o TSE para proteger as eleições.