O Papa Francisco anunciou que será vacinado contra a Covid-19 “na próxima semana” e denunciou, em uma entrevista transmitida pela TV neste sábado (9), o “negacionismo suicida” daqueles que se opõem a esta ferramenta contra a pandemia.
“Na próxima semana começaremos [a vacinação], já tenho minha data”, disse ele à rede Canale 5. “Temos que fazê-lo”, insistiu o pontífice argentino, para quem “há um negacionismo suicida que não consigo explicar”. “Acredito que do ponto de vista ético todos devem ser vacinados, porque você não só põe em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a dos outros”, afirmou.
“Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, que deixou muitas crianças paralisadas e todo mundo esperava ansiosamente pela vacina (…) Quando a vacina chegou, davam com açúcar”, recordou o Papa Francisco.
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“Crescemos na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo … vacinas que davam para crianças. Não sei por que alguns dizem ‘não, a vacina é perigosa’, mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?”, questionou o Pontífice.
Vulnerabilidade à Covid-19
O Papa Francisco, de 84 anos, teve parte de um pulmão removido durante uma doença quando ele era jovem na Argentina, o que o tornou potencialmente vulnerável à Covid-19. A Cidade do Vaticano disse na semana passada que esperava receber doses suficientes da vacina nos dias seguintes para inocular todos os seus residentes e funcionários que vivem além de seus muros em Roma.
Como parte de seu plano de vacinação, o Vaticano disse que comprou uma geladeira ultracongelada para armazenar as doses, sugerindo que usará a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, que deve ser armazenada a cerca de -70 graus Celsius.
Com informações do jornal O Globo