
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), escreveu uma sequências de mensagem nas redes sociais neste sábado (10) em que fala que as instituições são “fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e oportunismo’.
Lira não fez referências diretas e nem explicou o que considera oportunismo, mas a manifestação ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a ameaçar a realização de Eleições em 2022, o que gerou forte reação de entidades como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Senado Federal.
Lira afirma que há muito trabalho a ser feito
“Nossas instituições são fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e oportunismo. Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”, escreveu.
Lira ainda disse que “em uma hora tão dura”, o Brasil sempre será maior do que qualquer disputa política”. Ele pediu “responsabilidade e serenidade” aos membros dos poderes republicanos, mais uma vez sem ser específico.
Lira ainda disse que a “Câmara não se deixará levar por uma disputa que aprofunda ainda mais a nossa crise” e “será sempre a voz de um povo livre e democrata”.
Neste contexto, ele se contrapõe a Bolsonaro ao dizer para o eleitor deixar “o seu veredito em outubro de 2022 quando encontrará com a urna; essa sim, a grande e única juíza de qualquer disputa política”
Não se manifestou sobre voto impresso
Porém, Lira não se manifestou especificamente sobre sua posição em relação ao projeto que tramita na Câmara sobre o voto impresso, que tem causado as declarações de Bolsonaro. Sem provas ou indícios, o presidente diz que o atual sistema eletrônico é passível de fraudes e que é preciso implementar o voto impresso. A insinuação infundada é a de que poderia haver fraude nas atuais urnas para derrotá-lo no ano que vem.
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Nesta sexta-feira (9), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Pacheco afirmou que o Congresso “não admitirá qualquer atentado” à sua independência. Disse também repudiar especulações sobre fraude nas urnas eletrônicas e sobre a possibilidade de não haver eleições em 2022, algo que Bolsonaro vem repetindo sem apresentar provas.
Com informações do Uol