
A cracolândia de São Paulo é um problema social que se arrasta há anos de um lado para o outro no centro da cidade. Se para a atual gestão da capital paulista e do estado mais populoso do país se trata de um problema de polícia, o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), avalia que é um problema de saúde pública e assim deve ser tratado.
Mesmo posicionamento defendido pelo PSB em sua Autorreforma, aprovada nos últimos dias de abril, durante o XV Congresso Nacional do PSB.
Márcio França, pré-candidato ao governo de São Paulo, também afirma ser possível resolver o problema da cracolândia de maneira relativamente rápida.
“Dois anos para não existir mais a cracolândia. Evidentemente, que não tem nada a ver com polícia. É caso de tratamento médico. As pessoas são doentes. […] Precisa ter atuação de saúde pública”, garante França.
Porém, o que tem acontecido é a retirada dos usuários e moradores de rua que vivem na cracolândia. E o resultado é que essas pessoas vagam de um lugar a outro sem nenhuma perspectiva de mudança ou solução.
Um dia depois de ação policial para desocupar a praça Princesa Isabel, onde estavam desde o dia 18 de março, centenas de pessoas passaram a madrugada e a manhã desta quinta-feira (12) em busca de novos locais para se fixarem no centro de São Paulo. O que assustou moradores e comerciantes das ruas por seguiram, como mostra a Folha.
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Para os socialistas, é preciso enfrentar o problema da forma ampla como a gravidade requer. Por isso, defendem a necessidade de atualização da política de drogas, de modo a integrá-la a outras políticas sociais, como de saúde e assistência social.