
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil perdeu força no terceiro trimestre deste ano e, com isso, cresceu apenas 0,4% sobre os três meses imediatamente anteriores. O crescimento médio do país durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), portanto, de 2019 a 2022, deve ficar em 1,5%. As informações são do UOL.
Leia também: PIB despenca e Brasil pode estar caminhando para recessão
O desempenho é o pior se comparado as gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).
No período de FHC, o país cresceu em média 2,5% de 1995 a 1998 e 2,3% de 1999 a 2002. Sob Lula, cresceu 3,5% de 2003 a 2006 e 4,6% de 2007 a 2010. Com Dilma, o crescimento foi de 2,4% de 2011 a 2014. A ex-presidente, no entanto, passou a ser sabotada por seu vice, Michel Temer, pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e outros. Ela foi impedida de governar e acabou deixando formalmente o governo em 12 de maio de 2016.
Como consequência do golpismo, o PIB brasileiro recuou 3,4%. Com Temer, de agosto de 2016 a dezembro de 2018, o crescimento foi de 1,6%. No entanto, os números de Temer foram ainda piores porque ele assumiu o cargo no dia 13 de maio de 2016 e passou a aplicar o choque neoliberal, conhecido como “ponte para o futuro” já no seu primeiro dia.
O cálculo do PIB no governo Bolsonaro foi feito por Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre e pesquisadora sênior da economia aplicada do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Ela considerou os seguintes dados, explica a reportagem: “1,2% em 2019, queda de 3,3% em 2020, recuperação de 5% em 2021, e projeção de 3% para 2022. Os números foram somados e divididos pelo número de anos do presidente no poder para chegar ao resultado”.
A expectativa da FGV é que o PIB cresça 3% neste ano, número um pouco acima da expectativa do mercado (entre 2,8% e 2,9%).
Matos afirma que o crescimento do país foi beneficiado pelo cenário internacional, com a exportação de commodities, e pela reabertura total da economia, com a recuperação mais expressiva do setor de serviços. Isso ajudou na geração de empregos e no consumo das famílias. O setor de serviços corresponde a 70% do PIB brasileiro. Quando ele tem um resultado ruim, é natural que o PIB seja impactado.