Uma entre as inúmeras ameaças de morte que o ex-presidente Lula (PT) vem recebendo será investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Nesta terça-feira (12), segundo o portal G1, o delegado Laércio Filho, da Delegacia de Crimes Eletrônicos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), determinou a abertura de um inquérito.
A apuração vem após petição protocolada pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin, e trata sobre uma ameaça feita através de mensagem enviada ao site do PT, entre os dias 25 de março, 5 e 7 de abril, por uma pessoa que se identificou como “Luiz Carlos Prestes”, em uma clara referência ao líder de esquerda e em uma tentativa de criminalizar o próprio campo político do ex-presidente.
De acordo com o PT, nas mensagens, o sujeito teria afirmado que Lula seria assassinado por pessoas do próprio partido ainda neste ano, no estado de São Paulo, “talvez no interior”.
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No dia 7 de abril, após uma sequência de ameaças de morte a Lula feita por bolsonaristas vierem à tona, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais para cobrar reações das autoridades.
“Deputados bolsonaristas falam em matar Lula. Os caras mostram armas e destilam ódio e a mídia chama de ameaça a fala de Lula sobre pressionar deputados! Essa conduta midiática vai normalizando a violência e pode comprometer o processo eleitoral. MP, TSE, STF precisam reagir”, escreveu a petista.
PSDB: Preocupação com Alckmin e ilações à aliança com Lula
O presidente do PSDB, Bruno Araújo aproveitou a ocasião de um jantar com cerca de 20 empresários do Grupo Esfera para criticar a aliança do ex-governador Geraldo Alckmin com o ex-presidente Lula (PT) e fazer ilações sobre a chapa presidencial. O jantar aconteceu em São Paulo, na casa do presidente da Esfera, João Camargo, nesta segunda-feira.
De acordo com informações do jornal O Globo, Araújo afirmou que Alckmin terá uma participação “absolutamente irrelevante” na campanha de Lula.
O tucano chegou até a dizer que o ex-governador correrá “risco de vida” se andar pelo interior de São Paulo.”Na campanha, eu garanto, será absolutamente irrelevante a participação dele. No Nordeste ele não teve 1%, não vai fazer nada. No interior de São Paulo, não pode andar, porque corre risco de vida (sic)”, afirmou Araújo, que depois ponderou que em um eventual governo Lula, Alckmin poderia ter um papel de destaque.
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“Mas na política é assim. Ele pode sair de uma posição irrelevante e virar presidente da República”, emendou.
O presidente do PSDB afirmou ainda que Alckmin será tratado no PT como alguém de “terceira linha” e que conviverá com pessoas que nunca gostaram dele.
“Vai viver sob a discriminação de pessoas que nunca gostaram dele. E vai conviver com pessoas que ele falou coisas impublicáveis sobre elas. Vai ser essa convivência. Isso não pode ser uma convivência salutar, que faz bem ao coração. O Geraldo vai olhar pro lado e não vai ter o Tasso Jereissati para conversar, vai ter que conversar com o Zé Dirceu”. afirmou Araújo.
O tucano disse que a saída do ex-governador do PSDB ficará registrada como “um dos maiores clássicos da incoerência política da história” e ainda usou a idade de Alckmin para criticar a saída dele do partido.
“Uma pessoa se separa aos 20, 30, 40…Não conheço ninguém que se separou aos 76, 78”, criticou. Geraldo Alckmin tem 69 anos.
Por Ivan Longo e Bruna Alessandra