A Polícia Federal liberou, na noite de segunda-feira (9), pouco mais de 240 terroristas bolsonaristas que foram presos na porta do Quartel-General do Exército, em Brasília, local que serviu como bases para os comparsas que atacaram e devastaram a capital federal no último domingo (8).
Segundo a instituição, embora tenham sido fotografados e fichados, para que respondam futuramente pelos crimes cometidos, essas pessoas foram colocadas em liberdade “por questões humanitárias”. O grupo é composto por idosos, mulheres grávidas, com bebês pequenos e pessoas com doenças crônicas que exigem atenção profissional.
Leia também: Lula afirma que vai investigar e descobrir que financiou acampamentos
Para garantir a esses extremistas os direitos e valores que eles mesmos negam a outros cidadãos, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chegou a realizar uma visita na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, onde essas pessoas estão detidas, a fim de checar as condições estruturais e o tratamento dispensados pela PF a esses radicais terroristas.
A prisão feita pela polícia, de todos os integrantes de acampamentos golpistas, foi determinada na madrugada de segunda-feira (9), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), logo após as absurdas e revoltantes imagens de destruição viralizarem mundo afora, revelando a depredação das sedes dos três poderes da República, a corte da qual Moraes faz parte, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Reunião com governadores
A reunião marcada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os governadores dos estados, que discutiria nesta segunda-feira (9) as demandas de cada unidade da Federação acabou ganhando novos participantes e teve como pauta a resposta aos ataques terroristas bolsonaristas ocorridos no último domingo (8) nas sedes dos Três Poderes da República com a conivência das forças de segurança. Somaram-se à reunião o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, o presidente em exercício do Senado, Venesiano do Rêgo, e ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles a presidente Rosa Weber.
Lula começou falando sobre o ineditismo da reunião, agradeceu a presença de todos e logo começou a narrar os acontecimentos.
“O que vimos ontem (8) já estava previsto. As pessoas que estavam nas ruas e em portas de quarteis não tinham reivindicação. Eu sempre negociei, e nunca tive problemas pra negociar. Mas essa gente não tem pauta de negociação. A única negociação que essa gente poderia ter, é que se entrou com um recurso para negar o resultado do processo eleitoral e o ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, negou o pedido e multou o partido que o fez para que seu presidente parasse de ser massa de manobra”, declarou Lula, em clara crítica a Valdemar Costa Neto, presidente do PL de Bolsonaro.