Para fomentar um dos pilares da economia de Alagoas, o prefeito de Maceió, JHC (PSB) deu início a uma parceria com a Wakalua, um hub global de inovação em turismo que promove suas ações por meio de colaborações público-privadas.
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Em reunião realizada na última sexta-feira (18), junto a representantes do Ministério do Turismo, do Sebrae nacional e regional, e da iniciativa privada, o prefeito socialista anunciou a criação de um ecossistema de inovação, focando nos principais desafios de competitividade, como estrutura, logística e sinalização, por meio de uma lógica vertical, aliando educação e método para estimular o turismo local.
“Maceió tem muitas belezas e riquezas, para além da orla marítima. Temos muitos projetos para desenvolver todas as regiões e fortalecer o turismo na cidade como um todo. Estamos sempre pensando em soluções pra fomentar a cidade e hoje debatemos ideias criativas para este setor, tão importante para nossa economia”, disse JHC.
Turismo como política pública
Para o diretor Secretaria Nacional de Atração de Investimentos linhas de crédito do Ministério do Turismo, Francisco Chaves Neto, os projetos a serem desenvolvidos na cidade derivam de uma nova visão de política pública.
“Essa estratégia nacional precisa ter continuidade e vai ser viabilizada através de planejamento e ações. Por isso, estamos fazendo visitas técnicas que vão revelar como transformar os projetos em realidade da melhor maneira para cada cidade. A tecnologia e as startups são o futuro dos investimentos. E eu vejo em Maceió um ambiente de negócios”, pontuou.
Um dos caminhos para fomentar o turismo é conhecendo e aliando as necessidades de estudantes, empresários, moradores e do poder público. “Precisamos entender a realidade da população antes de executar qualquer projeto. Aqui em Maceió, há espaço e movimento para alavancar o turismo. Vamos começar pela cidade e, depois, viabilizar novos projetos em todo o Brasil”, completou César Reinaldo Rissete, gerente de Competitividade do Sebrae Nacional.
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Já para o do secretário de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel), Ricardo Santa Ritta, outra estratégia seria transformar o maceioense no verdadeiro agente de viagens da cidade. “Precisamos inverter a experiência de olhar Maceió hoje, fazendo o povo olhar de dentro para fora, para além das belezas e da rota turística tradicional”, explicou.
Novas bases para os serviços turísticos em Maceió
Para viabilizar o projeto, o desenho do turismo será analisado e replanejado, buscando solucionar todas as questões enfrentadas hoje e construir uma nova base, mais sólida, para o serviço. “É um projeto extenso, detalhado e complexo que, ao todo, poderá levar cerca de dez anos, mas dividimos em etapas e vamos criar um plano de ação para os primeiros três. Nesse primeiro momento, estamos entendendo o que de fato é importante para o desenvolvimento e melhorias reais para a cidade”, colocou o diretor do Wakalua, Eduardo Lorea.
“Nós passamos por um processo de amadurecimento e, agora, qualquer órgão, instituição ou esfera de governo acredita na nossa terra. Agora, podemos melhorar nossas perspectivas e passar ainda mais segurança para novos investimentos acontecerem”, afirmou o prefeito. “Quero que o povo ande pela cidade e veja entrega e preocupação com o futuro em todo lugar. Muito mais que infraestrutura, vamos levar educação, qualificação e oportunidade de mudar efetivamente a vida das pessoas”, concluiu.
A reunião, que ocorreu na Prefeitura de Maceió, contou com a presença de representantes do MTur, do Deputado Estadual Davi Maia, do secretário Ricardo Santa Ritta, de representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Nacional e de Alagoas, do diretor do projeto Wakalua e de João Kepler, diretor da startup Bossa Nova Investimentos.
O turismo na Autorreforma no PSB
O Partido Socialista Brasileiro (PSB), em sua Autorreforma – conjunto de documentos que propõe um novo programa partidário – defende, que o Plano Estratégico da Economia Criativa deve prever a articulação do turismo com a cultura e o entretenimento, tendo em vista a sua alta capacidade indutora para a economia tradicional, o que ajudará a adensar as cadeias produtivas agrícolas e industriais.
Para o partido, as cidades possuem enorme importância para a operacionalização das atividades da economia criativa, para o
empreendedorismo e a construção de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Essas atividades econômicas articulam inúmeros setores, que vão do artesanato à produção de softwares, de softwares, da agroindústria à publicidade, das artes cênicas ao turismo cultura, do design de moda à confecção do vestuário, da produção mineral à produção de gemas e ao design de joias. A economia criativa pode também atuar como um vetor de recuperação de áreas degradadas das zonas urbanas.
“O turismo e a cultura, como integrantes da economia criativa, constituem-se em óbvios eixos econômicos para o desenvolvimento de todas as Regiões brasileiras. O turismo internacional há que ser incluído na pauta de exportações, na medida em que representa uma das mais eficazes formas de atração de divisas.
Autorreforma do PSB