
Dos 29 pontos apresentados, Guedes rejeitou, imediatamente, a revisão do teto de gastos públicos
O PSB entregou nesta terça-feira (17) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, plano com série de propostas para garantir mais recursos para a saúde e estimular a atividade econômica durante a pandemia do coronavírus. Dos 29 pontos listados no documento, o único que foi rejeitado por Guedes foi a revisão do teto de gastos públicos.
Segundo a Folha de Pernambuco, algumas sugestões teriam animado Guedes, como como a revisão da meta fiscal, a ampliação do Bolsa Família e o aumento no benefício de prestação continuada, o BPC. Essas medidas ajudariam a socorrer trabalhadores informais em meio a pandemia.
“O PSB dá uma demonstração de maturidade e de equilíbrio. Fizemos isso como uma contribuição, compreendendo a necessidade do momento. O ministro, inclusive, nos recebeu com muito entusiasmo, reconhecendo a importância desse diálogo. Isso não muda um milímetro da nossa posição crítica ao presidente em relação ao seu comportamento nessa crise e seu desatino. Ele, por estar sob investigação de contaminação, não poderia ir abraçar seus apoiadores”, explicou o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), que participou da conversa com Guedes.
O pacote de sugestões veio em meio às críticas do presidente Jair Bolsonaro a políticos de oposição durante a crise do novo coronavírus por supostamente não se preocuparem com o cenário de possível recessão.
Propostas
No documento entregue há propostas como o uso de recursos dos bancos públicos para financiar obras de infraestrutura como construção civil, saneamento e habitação; incentivos a produção de insumos destinados a combater o coronavírus; acesso aos recursos do seguro-desemprego e do FGTS e renda básica universal de R$ 500.
Os socialistas também apoiam a adoção de créditos extraordinários ao orçamento e o uso de recursos do BNDES. Tais medidas seriam para abrir linhas de crédito que garantam a liquidez de empresas dos setores que serão mais atingidos pela pandemia.
Com informações da Folha de Pernambuco e Agência Brasil.