
O PSB, legenda do vice-presidente Geraldo Alckmin, vem passando por mudanças no quadro partidário. Com o fim das eleições e início do novo governo, há uma natural movimentação de novos correligionários e desfiliações dentro do partido.
Confira os recentes “flertes” de políticos com o PSB e àqueles que anunciaram a saída da sigla socialista:
Jorge Kajuru

O senador goiano Jorge Kajuru confirmou que migrou do Podemos para o PSB. A filiação aconteceu na última quinta-feira (19). O retorno de Kajuru ao PSB encerra de vez as tratativas do partido junto ao ex-governador do Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
O tucano teria recebido convite para integrar a cúpula da legenda em Goiás ainda na pré-campanha do ano passado, quando era pré-candidato ao Governo de Goiás. Ele teria sido chamado pelo então candidato à Presidência Lula (PT) e o vice Alckmin, para encabeçar a chapa do PSB/PT, mas recusou e decidiu disputar o Senado pelo PSDB.
Kajuru retorna a sigla onde se elegeu quatro anos após desentendimentos com o partido. Em 2019, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, pediu que o parlamentar goiano deixasse o partido. À época, o atrito foi referente à posição de Kajuru em apoiar o decreto do então presidente Jair Bolsonaro (PL), que flexibilizou a posse de armas de fogo.
Marcelo Freixo

O deputado federal Marcelo Freixo anunciou que está de saída do PSB rumo ao PT. O congressista expôs uma relação complicada com o deputado federal Alessandro Molon (PSB), que comanda a sigla no Rio de Janeiro, e afirmou não haver “construção partidária”.
“Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB”, disse. “Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido, onde eu possa ajudar”, explicou, em entrevista ao jornal O Globo.
Nas redes sociais, entretanto, Freixo afirmou ser “grato” a sigla socialista e agradeceu o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Chico Rodrigues

O senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR) tem mantido conversas com a legenda socialista para filiação até o início da 57ª legislatura, no dia 1º de fevereiro. A informação foi confirmada ao Metrópoles por um integrante do PSB, presidido por Carlos Siqueira.
Nesta segunda-feira (23), Rodrigues esteve no Palácio do Planalto para se encontrar com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O governo faz um esforço conjunto para formar a base no parlamento antes do início do próximo mês.
Wilson Rezato

O empresário Wilson Rezato se desfiliou do PSB e afirmou que não vai ingressar em nenhum partido político. Ele pretende se dedicar integralmente aos seus empreendimentos imobiliários. A possibilidade de uma nova candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora é vista hoje como improvável pelo seu entorno. Ainda assim essa porta não foi taxativamente fechada.
Desde a disputa do segundo turno em 2020, quando foi derrotado pela prefeita Margarida Salomão (PT), foram raras as aparições e manifestações públicas de Wilson Rezato.
Ainda no ano passado, Wilson Rezato acabou se aproximando do governador Romeu Zema (Novo) e atuou em sua campanha pela reeleição. Em outra atuação política, no segundo turno da disputa presidencial, ele esteve no Aeroporto da Serrinha em uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com lideranças políticas e empresariais de Juiz de Fora.
A saída de Wilson Rezato do PSB era dada como certa desde a aproximação da legenda com o PT. A expectativa, no entanto, era de que ele se filiasse do União Brasil, com quem caminhou na última disputa municipal. Nas eleições desde ano, o empresário também apoiou o vereador Antônio Aguiar (União Brasil), que se candidatou a deputado estadual.
Flávio Arns

De acordo com informações do jornal O Paraná, o senador paranaense Flávio Arns (Podemos) poderá está trocando de partido. Arns estaria de saída do Podemos, de Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães, para se filiar ao PSB, partido de Alckmin.
Arns já passou pelo antigo PMDB, pelo PT, PSDB e Rede antes de entrar no Podemos.
O senador é autor do projeto que originou a Lei 14.191/2021, norma que incluiu na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional um capítulo sobre a educação bilíngue para surdos, modalidade oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português escrito, como segunda língua.
Rafael Parente

O ex-candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF), Rafael Parente, anunciou por meio das redes sociais, em dezembro de 2022, a desfiliação do PSB.
Na publicação, Parente agradeceu ao partido e ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira. “Despeço-me com leveza, levando bastante aprendizado, maturidade e com o coração repleto de gratidão”, escreveu.
Durante o início do primeiro mandato do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), Parente atuou como secretário da Educação e deixou a pasta após discordâncias com o mandatário. Durante as eleições deste ano, Parente chegou a concorrer ao governo, mas retirou a candidatura para apoiar Leandro Grass (PV).
Marcelo Serafim

Após renunciar a liderança do prefeito David Almeida na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Marcelo Serafim deixou o Avante para retornar ao PSB, legenda a qual foi filiado por 27 anos.
O anúncio foi feito em uma rede social do pai do vereador, o ex-deputado Serafim Corrêa, que também é líder do PSB no Amazonas. O ato de filiação deve ocorrer no início do mês, na sede da legenda.
A passagem do vereador pelo partido do prefeito durou apenas 10 meses. No Avante, Marcelo ainda concorreu a deputado federal nas eleições 2022, mas não conseguiu se eleger.