
O PSB, em parceria deputado Alexandre Padilha (PT-SP), apresentou nesta sexta-feira (27), denúncia contra a campanha publicitária “O Brasil não pode parar” no Tribunal de Contas da União (TCU).
Criada a pedido do Governo Federal e orçada em R$ 4,9 milhões, a campanha foi criada para defender a flexibilização do isolamento social em meio à pandemia do coronavírus no país. Alessandro Molon, líder do Partido, e Padilha pedem a proibição imediata da veiculação do vídeo.
Na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos padrões adotados em todos os países atingidos pela crise causada pelo novo vírus, a posição do Governo tem pedido o retorno à normalidade. Refletindo a visão do presidente, a peça que vem sendo veiculada nas redes sociais não cita dados científicos e mostra imagens de trabalhadores que poderão ficar sem emprego diante da paralisação das atividades da indústria e do comércio.
Além da suspensão do vídeo, o PSB pede também o fim da execução de contratos de publicidade relacionados ao caso. Já Padilha, requer também que o tribunal proibida o uso da hashtag #obrasilnaopodeparar em qualquer canal oficial e nos canais pessoais do presidente Jair Bolsonaro, do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e dos familiares de ambos.
O parlamentar petista solicita ao tribunal a determinação de que eles só possam fazer postagens obedecendo ao determinado pela Organização Mundial de Saúde e pelo ministério da Saúde para o enfrentamento da Covid-19.
92 mortos
De acordo com a atualização diária do Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 3.417 casos confirmados da Covid-19 e 92 mortes até a tarde desta sexta. No mundo, as mortes passam dos 25 mil.