
Candidato ao Senado Federal pelo Rio de Janeiro, Alessandro Molon (PSB) disse ao Socialismo Criativo que é essencial derrotar o bolsonarismo na disputa à Câmara Alta do Congresso. Ele critica a atual representação do Senado em Brasília, com três nomes alinhados ao presidente Jair Bolsonaro.
“Quem defende a democracia, quem luta por justiça social, quem respeita as instituições não têm sequer um representante no Senado”, afirmou durante o 15º Prêmio do Congresso em Foco, onde Molon foi eleito o melhor deputado na análise de 25 jornalistas do prêmio. “O candidato de Bolsonaro é o Romário. E eu sou o candidato do campo democrático contra Romário”, disse.
Molon aparece em segundo lugar na disputa ao Senado, segundo a Real Time Big Data, com 15% de intenções, enquanto Romário (PL), candidato apoiado por Bolsonaro, figura com 21%.
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Qual a estratégia para a sua vitória na eleição ao Senado no Rio de Janeiro?
Primeiro, conversar com as pessoas sobre a necessidade que o Rio de Janeiro tem de ter um senador que represente o campo democrático do Estado.
Hoje, os três senadores do Rio de Janeiro são do partido de Bolsonaro. Os três são bolsonaristas. Não é razoável. Quem defende a democracia, quem luta por justiça social, quem respeita as instituições não têm sequer um representante no Senado.
Esse é o diálogo que a gente está fazendo com os eleitores. Eu acho que os eleitores estão compreendendo que a gente vem crescendo nas pesquisas, essa candidatura está cada vez mais forte. Estou muito confiante na vitória.
Claro que sabendo que a gente tem muito trabalho pela frente, que é uma batalha dura, é o estado de Bolsonaro, mas justamente por isso lá é necessário e fundamental derrotar o bolsonarismo na disputa pelo Senado. O candidato de Bolsonaro é o Romário. E eu sou o candidato do campo democrático contra Romário.
E já tem alguma previsão do Lula fazer algum comício no Rio de Janeiro?
Tudo indica que será logo após o 7 de Setembro, ou no dia oito ou no dia nove, certamente após o 7 de Setembro. Também como uma resposta para mostrar que a última palavra do Rio de Janeiro não é pela ditadura, não é pelo arbítrio, pelo autoritarismo, mas é pela democracia, pela soberania popular, pelas urnas que são confiáveis.
O senhor acredita que as instituições já estão preparadas para enfrentar qualquer tipo de confusão durante esse período?
Eu acho que as instituições estão mostrando que estão atentas e não vão aceitar. Esse é o recado que as instituições estão dando e não há espaço para algo fora da democracia brasileira.