O Espírito Santo tem 3.8% da população vivendo hoje na extrema pobreza, de acordo com o IBGE. Para enfrentar a situação e minimizar os impactos provocados pela pandemia da Covid-19, o governador capixaba Renato Casagrande (PSB) anunciou ampliações e fortalecimentos da rede de proteção social e os serviços nela incluídos.
Os indicadores de pobreza e de extrema pobreza do Brasil avançaram de maneira significativa nos anos da pandemia, o que agravou profundamente a crise social e econômica.
O Espírito Santo tem uma população de 154 mil pessoas vivendo na extrema pobreza, enquanto a média nacional fica 5,7% dos brasileiros, ou seja, 12 milhões de pessoas sem acesso à alimentação e itens básicos de saúde e assistência social.
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Mesmo com o índice abaixo da média nacional, Casagrande avalia que é prioridade investir nas pessoas em situação de vulnerabilidade. Nos últimos três anos, o governo socialista promoveu três grandes ações de combate à fome e à extrema pobreza no Estado.
Sendo o Cartão ES Solidário, o programa Compra Direta de Alimentos (CDA) e a reformulação do Bolsa Capixaba.
O primeiro é um benefício de transferência de renda, de caráter emergencial, que foi criado para fazer frente ao agravamento da crise causada pela pandemia da Covid-19.
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O benefício consistiu em oito parcelas mensais de R$ 200,00, que foram disponibilizadas a mais de 87.618 famílias capixabas. No total o governo investiu mais de R$ 140 milhões no Cartão ES Solidário.
Já o Compra Direta de Alimentos (CDA), é um programa que foca na valorização da agricultura familiar, na garantia de acesso a alimentos saudáveis pelas populações mais vulneráveis e no aquecimento da economia local.
Com recursos estaduais, as prefeituras podem adquirir a produção dos pequenos agricultores familiares de seus territórios. Assim, esses agricultores garantem a venda da produção e ainda reinvestem o dinheiro da colheita no próprio município.
Os alimentos adquiridos pelas prefeituras são doados às famílias mais vulneráveis do território.
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O terceiro programa, o CDA já doou mais de 91.800 cestas de alimentos em todo o Estado. Atualmente, 66 municípios executam o programa.
O novo edital já está aberto e a expectativa é de que todos os 78 municípios do Estado façam parte do programa. Os editais de 2021 e 2022 totalizam um investimento de mais de R$ 11 milhões.
Programa Alimenta Brasil
Além do CDA, o Espírito Santo integra o Programa Alimenta Brasil (PAB), de caráter federal, que também adquire alimentos de pequenos agricultores para serem distribuídos para famílias em situação de extrema pobreza.
No Estado, o PAB já distribuiu mais de 31.580, totalizando, com o CDA, 123.380 cestas de alimentos nos últimos três anos.
Por sua vez, o Bolsa Capixaba é o maior programa de transferência de renda do Estado. Criado em 2011, de caráter continuado, o programa foi reformulado em novembro de 2021, já que com a extinção do Bolsa Família e a criação do Auxílio Brasil, muitas famílias capixabas ficaram de fora do novo benefício federal.
Desde de janeiro de 2022, após uma reformulação, o Bolsa Capixaba atendeu mais de 29.262 famílias, com recursos Estaduais no valor de mais de R$ 15 milhões.
A previsão do investimento médio mensal é de R$ 6 milhões. O programa atende as famílias que, além de não receberem o Auxílio Brasil, estão com o Cadastro Único atualizado e têm uma renda familiar per capita de até R$ 155,00.