A Rússia afirmou, nesta quinta-feira (13), que pode ter militares em Cuba ou na Venezuela caso os Estados Unidos não atendam suas exigências de deixar a Ucrânia de fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Tudo depende da ação de nossos colegas americanos”, disse vice-chanceler russo, Sergei Riabkov, à televisão russa RTVI ao ser questionado sobre quais poderiam ser as medidas técnico-militares que o Kremlin tomaria se os EUA aumentassem a pressão.
Riabkov liderou a delegação de seu país durante as negociações em Genebra.
As declarações foram feitas em meio ao tensionamento entre Rússia e EUA por conta da intenção da Ucrânia em ingressar na Otan. EUA se opõe à exigência russa de vetar a entrada do país no bloco.
A Rússia alega que ficaria cercada por ‘inimigos’ com a entrada da Ucrânia no país e abriria a porta para a aliança implantar armas ofensivas em solo ucraniano, especificamente mísseis que poderiam chegar a Moscou em questão de minutos.
A Rússia nega intenção de invadir a Ucrânica, mas enviou milhares de soldados para a fronteira com o país nos últimos meses, o que gerou reações dos EUA e da Otan.
Apesar das negociações dos dois países, em Genebra, as divergências seguem.
“Os Estados Unidos querem conduzir o diálogo em direção a alguns elementos da situação de segurança para aliviar as tensões e depois continuar o processo de desenvolvimento geopolítico e militar dos novos territórios, aproximando-se de Moscou. Não temos para onde recuar”, disse o vice-chanceler.
Com informações do Opera Mundi